ESTILO PITBULL
ESTILO CR7
PUBLICADO EM 16 DE NOVEMBRO DE 2018
Texto
Crisitano Daros
Rodrigo cordeiro
Arte
Andressa Paulino
Fotos
Felipe Nyland
Marcelo Casagrande
O sonho de infância para muitos jovens é jogar futebol. E todos que um dia pensaram nisso mantêm alguma referência dentro de campo até hoje. Sejam profissionais ou amadores, há um exemplo como atleta que os guia em alguns momentos.
– Gosto do estilo do Felipe Melo (risos). Eu procuro me espelhar nele, porque é um cara vitorioso e está sempre em busca da vitória. Um cara que não aceita a derrota. Eu procuro, dentro de campo, ser o Felipe Melo do São Francisco.
Assim se define Deivid Souza da Silva, 29 anos. O volante da equipe da 6ª Légua luta para alcançar um título que persegue nas últimas edições da Copa União de Clubes. Neste domingo, às 16h, será sua primeira chance efetiva de levantar um caneco com o time do São Francisco.
– Faz cinco anos que estou aqui e em todas caí na semifinal. Agora, quando chegamos na semi e estávamos com bastante gente suspensa eu pensei: “será que mais uma vez vou ficar pelo caminho?”, mas graças a Deus deu tudo certo – recorda.
Deivid tem um histórico na modalidade. Ele passou pelas categorias de base do Caxias e do Veranópolis, mas acabou desistindo da carreira profissional. Virou metalúrgico, mas agora vive o esporte como um hobby. Logo após deixar a base pentacolor e abandonar o sonho de ser atleta de rendimento, ingressou no futebol amador.
Em 2007, ainda com 18 anos, chegou pela primeira vez ao São Francisco. Dois anos depois, jogou no Conceição e regressou ao time da 6ª Légua só em 2014. Ou seja, nos últimos anos ele tem respirado futebol em todos os finais de semana. Fica até difícil encontrar o que fazer quando a bola não rola.
– Fico perdido. Agora, quando acaba o campeonato, a gente se reúne nos domingos para bater uma bolinha. O pessoal que está sempre envolvido se sente sem chão. Não vê a hora de recomeçar o ano para reunir toda a galera e voltar a jogar – conta.
Mas enquanto o ano não acaba, domingo é dia da grande peleia. Um gosto até diferente para o volante, que neste ano agregou a função de auxiliar a diretoria na formação da equipe.
– A gente trabalha o ano inteiro para chegar no fim da temporada e tentar o título. Nesse ano eu ajudei a montar o time. Já é gratificante chegar na final. Ser campeão aumentaria ainda mais o sentimento do papel cumprido. Será a minha Copa do Mundo – finaliza Deivid.
O número no uniforme e o estilo para tocar na bola já mostram que Andreo Simonetto, 26 anos, também se espelha e muito no seu ídolo do futebol.
– Tem diversos (jogadores que o inspiram) no Brasil e no Mundo, mas acredito que o Cristiano Ronaldo é um cara que sou muito fã – resume ele.
O camisa 7 do Juvenil, na categoria de suplentes, se define como um meia-atacante de velocidade e precisão nos passes. Assim, ele espera ser um desafogo na equipe de São Braz que decide o título neste domingo, às 16h, na 6ª Légua. Uma conquista importante para quem está há oito anos lutando para levantar a taça da Copa União.
– Esse título representa muita coisa. Já bati na trave algumas vezes, acredito que ficamos com o vice-campeonato umas duas ou três vezes. Esse ano vamos com tudo em busca dessa taça – ressalta Simonetto.
O jovem atleta é supervisor de projetos, mas também já sonhou, e muito, com uma carreira no mundo da bola. Jogou na base do Juventude por um bom tempo, dos nove aos 13 anos. Com 15, começou o seu envolvimento com a empresa da família e o futebol foi deslocado para um segundo plano, como um hobby. Em resumo, a chuteira não virou meio de vida, mas está com ela praticamente todos os fins de semana. Até a família tem que respeitar os sábados e domingos pelo interior para que ele vista a camisa do Juvenil.
– Eu tento dar uma mesclada porque é muito importante estar com a família. Mas sou feliz jogando futebol com os meus amigos – destaca.
No mesmo período em que saiu da escolinha alviverde, Andreo começou a jogar a Copa União pelo Pedancino, na saída para Flores da Cunha, localidade próxima de onde reside. Lá jogou na categoria de juvenis, quando o torneio ainda possuía essa subdivisão. Depois, se transferiu para o time da comunidade de São Braz, onde está até hoje. Ali fez amigos e viu que o entorno do clube é uma verdadeira família, que vibra e torce por novas conquistas.
– A comunidade aqui é muito unida e participativa. Isso influencia muito na busca pelos títulos – opina o meia-atacante.
Em resumo, nossos dois finalistas deste domingo combinam em um ponto muito importante: o futebol é praticamente uma terapia.
– Fico com a mente muito limpa (enquanto está jogando). Você pensa só no passe que vai dar e na finalização que vai fazer. É um exercício para a mente – decreta Simonetto.
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