TEXTOS
Ivanete Marzzaro
ivanete.marzzaro@pioneiro.com
IMAGENS
Felipe Nyland
felipe.nyland@pioneiro.com
Vinícius Luchese, divulgação
INFOGRAFIA
Guilherme Ferrari
ARTE
Andressa Paulino
Não há mágica. Mas tem dicas de como sobreviver a este interminável período de crise e com ele um exército de desempregados. Em Caxias do Sul, são quase 30 mil, segundo dados levantados por economistas baseados nos números do Caged e do Ministério do Trabalho. Se considerarmos os números de cadastros que aguardam uma primeira vaga no mercado via CIEE, este número pode ser bem maior. Estão nesta fila, mais de 23 mil jovens que procuram estágio e integrarem o projeto Jovem Aprendiz.
Como Caxias vai conseguir amenizar esses números se não há novos empreendimentos previstos para chegaram a cidade a curto prazo?
Não há respostas concretas. Há sugestões.
Para o economista, empresário e presidente do Conselho Superior da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do sul (CIC), Dagoberto Godoy, há poucas alternativas. Uma delas é esperar a crise passar. A outra é buscar qualificação nas áreas certas. Se esta também não resolver, o negócio é empreender, mas de forma correta.
Para Godoy não dá para esperar que o Estado como um todo nos apresente uma solução para a crise que se agrava cada vez mais.
– Isso não vai acontecer tão cedo. O sitema político está deteriorado – declara.
Há, segundo ele, uma pequena chance de a economia retomar após as eleições federais e estaduais no ano que vem.
– Se isso acontecer, os trabalhadores que estiverem preparados vão conseguir uma vaga no mercado nesta pequena frestra que se abrirá.
O empresário destaca que os últimos anos foram recheados de medidas inconsequentes, irresponsáveis.
– Percebo um desânimo no meio empresarial. E não há perspectivas de novos investimentos na cidade. Portanto, a saída tem que vir da população. Não dá para esparar nada do governo.
As dicas de Godoy são para um estudo sobre o rumo que a economia vai tomar daqui a dois anos. Atualmente, segundo ele, as faculdades não servem para nada.
– Busque cursos técnicos, de especialização rápida.
O diploma, segundo ele, tem que ser o estudo, a determinação. Se cansar de esperar por uma vaga formal, busque o o empreendedorismo. – Mas siga as dicas certas, por favor – alerta Godoy.
A crise vem perseguindo e aterrorizando a mente dos brasileiros a muito tempo. Você liga a televisão, rádio, abre jornais e revistas e a manchete é sempre a mesma: Crise! Nas empresas não se fala em outra coisa! Até nos encontros com amigos vira e mexe o papo é o mesmo!
Sem nos darmos conta, somos engolidos por este estado mental de que não tem saída e está tudo perdido!
Sem uma consciência maior sobre tudo isso, fica muito difícil lutar contra essa crença coletiva de fracasso e desânimo! A crença sobre a crise acaba sendo maior que a pessoa, ela toma conta, domina, destrói sonhos e expectativas.
Quando nos sentimos com medo, frequentemente nos escondemos atras de um muro invisível, um lugarzinho que nos parece seguro, chamado zona de conforto. Repetimos alguns comportamentos para evitar lidar com a dor e enfrentar o problema. A sensação desse mundo alternativo pode parecer de conforto e alivio, porém, somente nos torna mais debilitado e estagnado.
Enfrentar a crise de frente requer ultrapassar essa barreira de medo e dor. Buscar dentro de si a força interior que avança e enfreta o medo do fracasso, da rejeição, do constrangimento, da ansiedade, do julgamento. Requer disciplina pessoal de fazer algo diferente todos os dias em busca de uma oportunidade de emprego. Isso porque quando avançamos em direção aos medos eles se encolhem, se tornam combativeis.
Para essa força propulsora agir é necessário muitas e muitas vezes abrir mão da gratificação imediata. Essa força contrária nos puxa para trás e nos faz retornar a zona de conforto e nos vitimizarmos. É necessário um propósito maior em busca do emprego. Algo que faça você suportar o doloroso presente pois existe uma responsabilidade maior sobre o seu futuro!
Enfrentar a crise lhe torna maior que ela! Você é maior que ela!
Joselisa Toigo
Advaced Coach Senior
Trainer, Treinee & Psicóloga
Fonte: psicólogo Francisco Benhur Lucchese
Não existe uma solução imediata que resolva a situação. Mas é possível atenuar o sentimento de desespero. O importante é não se deixar invadir por pensamentos negativos e destrutivos. Procurar trabalho, também dá trabalho. Veja as dicas do psicólogo:
O serviço é gratuito e oferecido de segunda a sexta-feira
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