1. Reforçar e equipar
melhor a rede hospitalar de referência na região
Com o objetivo de ampliar a infraestrutura de hospitais regionais de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha e Vacaria, o próximo governo precisa elaborar estudo para identificar a necessidade de obras e equipamentos. Após, a proposta é que os projetos sejam elaborados e executados, conforme as sugestões abaixo:
Ampliação da infraestrutura do Hospital Pompéia, em Caxias, com 10 novos leitos de UTI, quatro novas salas no bloco cirúrgico e aquisição de aparelho de cintilografia.
Ofertar, em Bento Gonçalves, por meio do Hospital Tacchini, infraestrutura para atendimento de alta complexidade nas áreas de traumato-ortopedia, cardiovascular, neurologia e gestante de alto risco, além da reposição de equipamentos com a aquisição de aparelho de tomografia computadorizada.
Construir e equipar o Hospital Público em Bento Gonçalves.
Concluir a ampliação do Hospital Geral (HG), em Caxias, que terá 136 leitos. A expansão inclui a criação do setor materno-infantil A obra parou em 2017 por falta de recursos.
mpliar a área territorial do HG, através de permuta de área municipal/estadual, mantendo como patrimônio histórico o museu e a biblioteca do CTG Rincão da Lealdade, com deslocamento das atividades do CTG em outra área.
Executar e implantar equipamentos para o prédio do antigo INSS em Caxias do Sul para a criação de
um Centro Especializado em
Saúde Regional, com inclusão
do Centro Cirúrgico-
Ambulatorial.
3. Ampliar serviços especializados e ambulatoriais
Segundo o estudo, as cotas de procedimentos ambulatoriais e hospitalares são insuficientes devido ao subfinanciamento do setor de saúde e ao crescimento populacional, gerando longas listas de espera, o que agrava a condição do paciente e eleva os gastos do tratamento. A ampliação da oferta de serviços especializados e ambulatoriais, dentro de uma estrutura regionalizada e hierarquizada, possibilitará acesso rápido aos serviços. A normalização das demandas, porém, exige a formação de mutirões, as diversas áreas equalizando listas de espera.
3. Criar mais
leitos de UTI
A baixa oferta impede a realização de muitas cirurgias de alta complexidade. As listas de espera ultrapassam mais de dois anos em diversas cidades. Em alguns casos, a grande demora leva o paciente à morte.
4. Qualificar a
Atenção Básica
É fundamental fazer com que a Atenção Básica tenha resolutividade para reduzir o impacto de encaminhamentos para média e alta complexidade. Para isso, o governo deve facilitar o acesso, qualificar os recursos humanos, modernizar os equipamentos, levando à resolutividade de, no mínimo, 85% das demandas da população.
5. Manter educação permanente
de gestores e outros
profissionais do SUS
A cada quatro anos, muda a gestão dos municípios e do Estado, o que ocasiona rotatividade dos gestores, bem como dos profissionais contratados com vínculo não estável, provocando descontinuidade das práticas e perda do conhecimento que favoreceria o bom andamento do processo. A educação permanente dos gestores e dos profissionais de saúde qualifica sobre as novas técnicas e atualiza conhecimentos que possibilitem um atendimento mais qualificado da população.
6. Implantar e consolidar as Redes de Atenção à Saúde
A lei prevê a organização da rede regional nos eixos Cegonha, Urgência e Emergência, Atenção Psicossocial, Saúde da Pessoa com Deficiência e Doenças Crônicas. Há cidades em que os atendimentos não ocorrem como se planeja e a implantação é frágil.
7. Promover pesquisas
aplicadas na região
Doenças recorrentes na Serra precisam ser melhor compreendidas na região da 5ª CRS, como forma de estabelecer programas preventivos. Indicadores apontam que a região dos Campos de Cima da Serra tem muitos casos de doença renal crônica. Na região Vinhedos e Basalto, há número significativo de mortes em decorrência do câncer. Na Serra em geral, há grande incidência de doenças cardiovasculares. Uma pesquisa, por sua vez, traria respostas eficazes para tratamento e prevenção.
8. Implantar ou ampliar a utilização das Práticas Integrativas e Complementar (PICs)
De modo geral, as ações de cura e de reabilitação estariam organizadas nas redes, mas o próximo governo precisa promover melhor as práticas entre a população.
9. Implementação e qualificação da gestão
A Gestão Estratégica e Participativa no SUS prevê a atuação das seguintes áreas: Conselhos de Saúde (controle social), Ouvidoria no SUS, Monitoramento, Controle e Avaliação e a Auditoria no SUS. A implantação e qualificação desses setores é fundamental para que a sociedade possa participar da construção de uma saúde pública democrática. A implantação de ouvidoria, por exemplo, em todos os municípios com mais de 18 mil habitantes é relevante para ampliar o conhecimento e a qualificação dos serviços.
10. Construir a nova
sede da 5ª CRS
O prédio atual, em Caxias do Sul, foi construído na década de 1980. Hoje, a unidade tem muitas deficiências: espaço físico pequeno, telhado com infiltrações, paredes com rachaduras e infiltrações, instalações elétricas e hidrossanitárias deficientes, falta de acessibilidade, problemas com iluminação e ventilação, sanitários inadequados e mobiliário depreciado, entre outros.
11.
Definir a missão
dos hospitais de
médio e pequeno porte
A rede não está devidamente estruturada, o que dificulta o acesso da população a serviços hospitalares. A partir da definição da missão de cada hospital de médio e pequeno porte, será possível estabelecer qual a infraestrutura necessária para atendimento dos pacientes do SUS. Assim, o Estado e as próprias instituições evitariam investimentos desnecessários.
12.
Formação e
permanência de médicos
Estudos indicam que uma Atenção Básica com qualidade reduz em 85% as internações hospitalares. Para que isso ocorra, o Estado precisa constituir equipes médicas comprometidas com a causa. Atualmente, as capacitações promovidas pelo SUS se perdem, pois o médico treinado deixa o SUS após dois anos de atividades na Atenção Básica para atuar na rede privada. A criação de um plano de carreira para os profissionais da saúde, ou qualquer outra alternativa, pode ser fator decisivo.