Julgamento do autor confesso ocorreu no dia 14 de novembro de 2014, no Fórum de Caxias do Sul. Caren foi morta por Farenzena em 30 de novembro de 2010. Dias antes do crime, os dois haviam rompido um relacionamento. Após uma discussão, Farenzena avançou sobre ela e a apertou seu pescoço com as duas mãos. Com a ajuda da mãe, Rosmarina Silveira de Oliveira, Farenzena enrolou o corpo da miss em um cobertor e o colocou dentro de um carro, seguindo para a Rota do Sol, onde o cadáver foi deixado.
Veja os principais momentos da vida dele após o crime.
2010
O corpo de Caren Brum Paim, de 22 anos, foi encontrado no distrito de Fazenda Souza, em Caxias do Sul. A jovem que era natural de Bagé estava com um fio de fone de ouvido enrolado no pescoço, além de apresentar vários hematomas pelo corpo. A Polícia Civil deu início às investigações.
Foto: Robson Ramos / Especial
Dezembro de 2010
Estudante de engenharia da computação na Universidade de Caxias do Sul e uma das representantes gaúchas do concurso miss Itália Nel Mondo, Caren Brum Paim foi enterrada no cemitério de Bagé. Uma das últimas vezes que Caren apareceu publicamente foi no dia 19 de novembro durante a festa de 10 anos da Revista Almanaque, que era publicada pelo jornal Pioneiro. Naquela noite Caren teve um desentendimento com um jovem, que se dizia apaixonado por ela.
Foto: Robson Ramos / Especial
Dezembro de 2010
O irmão da vítima, Dionatan Brum Paim, conversou com o Pioneiro por telefone e disse que Caren vinha sendo ameaçada. Na semana anterior foi registrada uma ocorrência policial, depois que um homem invadiu a casa dela. A jovem tinha um namorado desde os 13 anos e morava com ele, a mãe e uma irmã.
Foto: Robson Ramos / Especial
Dezembro de 2010
Eduardo Farenzena, um dos suspeitos de estar envolvido no crime foi chamado para prestar depoimento no 3º Distrito Policial de Caxias do Sul. Durante o depoimento, ele admitiu que teve uma discussão com Caren no dia 19, durante a festa, mas negou ser o autor do assassinato. Ao jornal Pioneiro, o rapaz disse que namorou com a jovem por um ano.
Foto: Juan Brabosa / Agência / BD
Dezembro de 2010
Rosmarina Oliveira Farenzena, mãe de Eduardo,
admitiu ter participação
na morte de Caren Brum Paim. A vítima e Farenzena eram vizinhos, no bairro Desvio Rizzo. Ela teria ido a pé até a casa do rapaz, após sair da academia. A informação inicial, prestada pela família, era de que o sumiço e o crime teriam ocorrido na segunda-feira, porém a polícia confirmou que foi na terça-feira. Na casa do rapaz houve uma discussão e ela foi esganada até desmaiar. Depois, o jovem pegou uma gravata e a matou. Em seguida, ligou para a mãe pedindo ajuda. A mãe foi até a casa do rapaz e ajudou a colocar o corpo no porta-malas do carro, indo com ele até o endereço da desova.
Diante do depoimento da mãe, Eduardo não teve mais como negar o crime e acabou confessando.
Foto: Juan Brabosa / Agência / BD
Dezembro de 2010
Familiares e amigos da miss fizeram um protesto em frente à casa do assassino confesso. Parentes quebraram o portão da casa e invadiram o pátio para colocar uma faixa pedindo justiça.
Foto: Juan Brabosa / Agência / BD
12 de janeiro de 2011
A promotora de Justiça Silvia Regina Becker Pinto, do Ministério Público de Caxias do Sul, denunciou Eduardo Farenzena pelo assassinato de Carem Brum Paim, e a mãe do jovem, Rosmarina Silveira de Oliveira, por ajudar na ocultação do cadáver.
Foto: Roni Rigon / Agência / BD
Janeiro 2011
A Justiça autorizou a internação de Farenzena no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre. O pedido havia sido feito pelo Ministério Público (MP). Ele estava fazendo tratamento para se livrar do uso de drogas no Hospital Parque Belém, na Capital.
23 de fevereiro
Farenzena recebeu alta do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre. Ele estava internado na instituição desde o dia 3 de fevereiro.
Setembro 2011
Eduardo Farenzena, que estava em liberdade provisória desde fevereiro, confessou ter matado o padrasto, Ivandir da Silva Mairesse, 33 anos. A pedido da Polícia Civil, a Justiça decretou a prisão preventiva do autor dos crimes.
Foto: Divulgação
Agosto 2014
O julgamento de Farenzena foi marcado para o dia 14 de novembro pelo Tribunal do Júri. Ele será julgado por homicídio qualificado e também responde pelo crime de ocultação de cadáver, em conjunto com a mãe, Rosmarina Silveira de Oliveira.
Novembro 2011
Às vésperas do júri, as defesas de Eduardo Farenzena e Rosmarina Silveira de Oliveira solicitaram à Justiça troca de testemunha, sigilo ou cisão do julgamento, marcado para dia 14 de novembro, em Caxias do Sul. A de Rosmarina, mãe de Farenzena, por meio de Defensoria Pública, postulou que seja decretado sigilo no julgamento ou que o mesmo seja cindido, ou seja, que mãe e filho sejam julgados separadamente. Rosmarina responde pelo crime de ocultação de cadáver junto com Farenzena. Já Eduardo, por meio de defesa particular, deseja substituir a oitiva de uma testemunha por outra.
Foto: Juan Barbosa / Agência RBS / BD
Novembro 2014
A Justiça de Caxias do Sul
negou o pedido de sigilo
ou de cisão de júri apresentado pela defesa de Rosmarina Silveira de Oliveira, mãe de Eduardo Farenzena. De acordo com a juíza Milene Fróes Rodrigues Dal Bó, o pedido de cisão se trata de medida excepcional, sendo a regra o julgamento conjunto dos fatos quando há conexão. Quanto ao julgamento em segredo de justiça, Milene concordou com o Ministério Público de que a sessão de julgamento é pública.
A juíza deferiu o pedido de troca de testemunha apresentada pela defesa particular de Eduardo Farenzena.
Novembro 2011
Eduardo Farenzena é condenado a 20 anos e três meses pela morte da miss Caren Brum Paim em Caxias do Sul. Julgamento também determinou pena para Rosmarina Silveira de Oliveira, mãe dele, pelo crime de ocultação de cadáver.
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Foto: Cristiane Barcelos/Agência RBS
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