Mobirise


Qual é o propósito?

busque um SIGNIFICADo para o seu negócio, incremente os resultados
e ajude a tornar o mundo melhor

Pioneiro

EDITOR
Ciro Fabres Neto
ciro.fabres@pioneiro.com
(54) 3218-1261


DIAGRAMAÇÃO
Juliana Rech e Márcia Dorigatti

FOTO DE CAPA
Marcelo Casagrande

Online
Guilherme Ferrari

Pioneiro

+EDITORIAL

Qualidade e propósito 

Qualidade e propósito são as palavras-chave deste + Serra. “Qualidade é uma obrigação”, destaca o presidente do Conselho Diretor do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), empresário Daniel Randon, para o grupo empresarial, a grande, a média, a pequena empresa, o microempreendedor individual que pretendem trilhar o caminho da competitividade. Precisa estar presente na gestão geral e estratégica, em todas as etapas do processo. Não há excelência sem qualidade.

Propósito vem se somar aos conceitos e às ideias aplicados ao universo do empreendedorismo. É um diferencial para o produto ou serviço que tem a pretensão de não se restringir à entrega do que é demandado pelo mercado, mas de interferir para melhorar a realidade na área de atuação do empreendimento. O conceito também precisa permear todas as etapas e todos os atores do processo. Necessariamente, propósito precisa vir acompanhado e embalado pela qualidade, pela preocupação gerencial, pela atenção à sobrevivência do negócio, sem o que, não adiantará para muita coisa.

Empreender requer explorar possiblidades, e o propósito passa a ser uma delas. Sem abrir mão da busca obstinada pela qualidade. Com propósito e qualidade, encantar o cliente torna-se uma consequência natural.

+ARTIGO

Um legado de produtividade

Mobirise


Daniel Randon
Presidente do Conselho Diretor do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade – PGQP e vice-presidente de Administração e Finanças da Randon SA Implementos e Participações

Acrise pela qual estamos ainda passando e temos que enfrentar – e vencer – é uma verdadeira Bomba de Hiroshima. Diferentemente do Japão, a prolongada recessão no Brasil não exterminou pessoas, mas já deixa devastadores e nocivos efeitos às empresas e, por consequência, à economia e à sociedade, que quer e precisa trabalhar.

A comparação também serve como um bom exemplo de superação. A força e a união dos japoneses foram fundamentais para a reconstrução daquela pequena e potente nação, que transpira eficiência e produtividade. A perseverança e a energia empreendedora foram linhas básicas para a mudança de percepção de seus produtos, até então conhecidos como de baixa qualidade, que ganharam em performance e receberam o reconhecimento mundial como de alta qualidade.

Bem distante do mundo oriental, aqui no Brasil, na década de 1980, foi notório e recompensado o movimento das empresas em garantirem excelência em seus produtos, através do uso de métodos de controle de qualidade e com a formação de parcerias tecnológicas altamente estratégicas. Com muita humildade, essas empresas reconheceram que precisavam avançar para permanecer no concorrido jogo dos negócios.

 Os anos 1990 foram marcados pelo fim da reserva de mercado, com a abertura para o ingresso de produtos e insumos importados, o que determinou a tão esperada liberdade econômica. Com as portas abertas à inovação, o Brasil iniciou uma das mais relevantes cruzadas em favor da competitividade elevando a outro patamar a presença verde-amarela entre os países então chamados emergentes.

Fruto disso, a empresa nacional animou-se e tentou recuperar o prejuízo do ostracismo. A nossa Serra Gaúcha foi uma das que prontamente fez a lição de casa e agregou a busca da qualidade à perseverança da imigração italiana que venceu tantos obstáculos para se estabelecer na nova terra.

Muitas empresas reagiram e vislumbraram alguns caminhos, como os benefícios do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), uma referência focada na melhoria contínua de processos e de produtos. Como resultado, a Serra hoje destaca-se na galeria de premiações do programa ostentando troféus de todas as categorias – Diamante, Ouro, Prata e Bronze – envolvendo mais de 800 organizações e aproximadamente 80 mil pessoas comprometidas com os seus conceitos e com suas práticas.

Patrimônio dos gaúchos, que está completando 25 anos, o programa deixa a marca da qualidade como legado para a atual e para as próximas gerações empresariais, tendo gerado subsídios suficientes para analisar a importância da inovação e da tecnologia para as organizações se reinventarem e buscarem sua diferenciação. Qualidade é uma obrigação e deve ser a marca registrada em todos os níveis hierárquicos, das lideranças ao chão de fábrica, sem ignorar a importante área dos serviç

Mobirise

A nossa Serra Gaúcha foi uma das que prontamente fez a lição de casa e agregou a busca da qualidade à perseverança da imigração italiana

A gestão eficiente dos recursos, a racionalização das despesas, a excelência nos processos e a inovação constante são vetores para a busca do equilíbrio e do desenvolvimento sustentável. Ao mesmo tempo, os líderes são fundamentais para indicar, claramente, os caminhos. É hora de nos mobilizarmos juntos para guiar esses novos desafios, pois quem gera emprego e valor para a comunidade tem que ser protagonista e não coadjuvante da história.

O medo de errar não pode paralisar. É preciso enfrentá-lo especialmente nesta que é a mais prolongada crise econômica, social e moral que nos obriga a sermos ainda mais criativos, ainda mais rigorosos na gestão de custos e ainda mais inovadores em processos, em produtos finais e em sistemas organizacionais, sempre afinados com o tamanho e com o modelo de mercado.

Tenho convicção de que a nossa Serra Gaúcha sairá dessa crise, com mais competitividade nos nossos produtos e serviços e com crescimento sustentável baseado nos valores reais que a história nos destaca, com muito trabalho, perseverança e empreendedorismo.

Mobirise

Os Empreendedores

IOTTI
iotti@iotti.com.br

+EMPREENDEDoRISMO

Vender e melhorar
o mundo

empresas com propósito fazem a diferença não só no lucro delas próprias, mas para a humanidade

Mobirise



Ivanete marzzaro
ivanete.marzzaro@pioneiro.com

Steve Jobs sempre disse que sua empresa não vende computadores, ela vende design, inovação e criatividade. Isso faz com que os consumidores de todo o mundo cheguem até ele. O dono da Apple perseguiu continuamente algo maior, que facilitasse a vida das pessoas. E conseguiu. O case resume o conceito de propósito de uma empresa(LIVRO - >A obra Propósito - por que ele engaja colaboradores, constrói marcas fortes e empresas poderosas, de Joey Reiman, detalha como engajar os vários setores por meio de um propósito. Ele ensina como tornar sua empresa diferenciada e mostra o que ela possui e que nenhum concorrente pode reproduzir ou substituir.) e que, felizmente, está voltando à pauta.

A vontade maior de realizar ou conquistar é tremendamente promissora. Afinal, é consenso entre antropólogos e outros especialistas que as novas gerações se distinguem cada vez mais por buscar fazer aquilo que realmente gostam, a arriscar por aquilo que as move de fato – de acordo com a consagrada máxima de que “dinheiro é consequência”.

Mas o que é exatamente o propósito de uma empresa? É comum que esse conceito seja confundido com o objetivo da empresa, como “vender telefones e eletrônicos” ou “ofertar aulas de inglês”. Mas esta é, na verdade, a missão. O propósito é algo maior.

Para Josiani Billing, consultora e analista de projetos na Microempa, uma empresa que tem seu propósito bem definido tem pelo menos 40% mais chances de sucesso, pois é ele que irá nortear todas as ações do empreendimento, apontando por qual caminho vai seguir

para alcançar este objetivo/propósito.

– Se todos os passos que a empresa dá tiverem coerência, o caminho para alcançar os objetivos será muito mais curto. O empreendedor com propósito sabe todos os dias o porquê de ele levantar e enfrentar todas as dificuldades desse universo do empreendedorismo, pois sabe que, no final, vai valer a pena – ressalta Josiani.

É claro que o propósito da empresa deve estar de acordo com o propósito pessoal de empreendedor e colaboradores para que isso tudo faça sentido.

– Não adianta a empresa ter um propósito se ela não sabe como transmitir isso para seus funcionários, parceiros, clientes, mercado. Assim, o empreendedor agrega valor no seu produto/serviço – destaca ela.

Um levantamento feito pela consultoria LRN, de Curitiba (que tem no portfólio empresas como Dell, Kellogg’s e NFL), indica que dois terços das empresas consideradas de “alta performance” dão mais valor ao propósito do que ao mero seguimento de regras.

 – Qual o sentido de existência dessa empresa? Por que ela foi criada? Se ela deixar de existir, quem vai sentir falta? A cidade, o país, o mundo vão perder com isso? São alguns questionamentos que podem ser feitos na busca por esta resposta – sugere a consultora da LRN Claudia Bittencourt.

Em resumo, propósito é aquilo que você faz para fazer a diferença para a humanidade, ou no meio em que você atua. Não confundir com trabalho social. Nem com uma ação de um departamento. É algo que só funciona se estiver impregnado na cultura da empresa. 

Bordando felicidade

Mobirise

UM PONTINHO  Catelini Padilha ponteia o tradicionalismo e prova que os negócios pequenos também devem ter essência

Buscar a essência de uma marca não é e nem deve ser privilégio das grandes empresas. Estas talvez tenham mais estrutura para colocar em prática o propósito em diferentes frentes de trabalho. Mas tem muito negócio pequeno fazendo bonito neste quesito.
Um Pontinho é uma dessas marcas. O propósito está no olhar da bordadeira e dona do pequeno negócio, Catelini Padilha, 36 anos. Com uma pequena agulha e linhas coloridas, ela transforma qualquer peça em obra de arte. Cada uma com sua história.
Filha de tradicionalistas de Vacaria, Catelini frequentou os CTGs desde criança. Aprendeu a bordar também criança, aos sete anos. A linguagem do tradicionalismo está ponteada em toalhas, quadros, bolsas e outros mimos que parecem querer contar sua história. São experiências levadas para as linhas que fazem seus caminhos orientados por mãos pacientes e dedicadas. 

Ela sabe que seu trabalho é um negócio e que só será viável se for sustentável para todos os envolvidos. 

– Se não tiver a consciência de que o meu trabalho tem que se pagar, gerando valor e lucro, não terei um negócio viável e estarei somente aumentando as estatísticas de empresas que abrem e fecham em pouco tempo – diz.

 Planejamento, gestão, parcerias, estratégias comerciais, estudo de mercado tem que entrar na pauta.

– Hoje sou empreendedora de uma pequena empresa. Isso não significa que sou uma pequena empreendedora. Me atualizo, estudo, estou ligada no que acontece no mundo. Não existe mágica. Qualquer projeto tem que se basear em dados, estatísticas e números. 

Em Caxias, uma minoria tem propósito

Se fazer a diferença no mundo em que você atua é o futuro do negócio, o meio empresarial caxiense ainda tem muito caminho a percorrer para garantir sua sobrevivência. Não à toa, mais da metade das microempresas abertas não sobrevive mais do que dois anos.

A consultora e analista da Microempa Josiani Billing informa que é muito difícil presenciar, no universo das micro e pequenas empresas, empreendedores que tenham na ponta da língua seu propósito.

– Gostaria de dizer o contrário, mas não é o que o cenário retrata. São raros os casos em que o propósito está definido de forma clara. Isso acontece porque muitas empresas são criadas às pressas, em decorrência da necessidade e sem planejamento, no susto – declara Josiani.

Mas o que precisa acontecer para o propósito – que não é exatamente um tema novo – assumir status de imprescindível? Um dos motivos é a emergência da geração Y (ou millennial, dos nascidos após 1982), que dá peso ao propósito na hora de escolher qual marca consumir. Você talvez conheça ou até seja a pessoa que prefere pagar mais caro por uma marca que tem responsabilidade social na cadeia de produção. É o propósito.

Outro motivo é a velocidade com que os hábitos de consumo têm se transformado, fruto de inovações e mudanças tecnológicas. O produto que a empresa fabrica pode ficar obsoleto de uma hora para a outra. Mas se ela tem um propósito de, digamos, contribuir com a saúde das crianças no Brasil, tem mais chance de se renovar.

Um foco com um perfil assim foi adotado pelo programa Vida Sempre – a Cultura Roda o Mundo, das Empresas Randon, que busca chamar a atenção para o alto índice de mortes e feridos no trânsito. São apresentações realizadas em escolas, teatros e outros espaços com informações para um comportamento adequado e seguro.

Outro exemplo vem da loja Girardi Running Store, do bairro Jardim América, em Caxias. Especializada em artigos de corrida, agregou valor a seus produtos promovendo o “treino de segunda”, que virou sucesso na cidade. Todas as segundas-feiras, faça chuva ou faça sol, a partir das 19h, dezenas de pessoas participam de uma corrida de até uma hora pelas ruas da cidade com orientação de profissionais especializados. A partida é na frente da loja, que disponibiliza água e lanches aos participantes. Tudo gratuito.

– Queremos fazer com que o esporte corrida cresça, pois traz muitos benefícios. É uma ação com o objetivo de proporcionar mais saúde e qualidade de vida – destaca a sócio-proprietária da Girardi, Daiane Potrick.

Outra ação da rede é o teste da pisada para que a compra seja mais assertiva.

– Não queremos vender o tênis mais caro, queremos vender o mais apropriado para cada pessoa – diz Daiane. 

Como pagar as contas? 

Dito isso tudo, o empreendedor olha para si mesmo e pensa: “E aí, qual o meu propósito?” Pois este é o caminho certo. A busca por um propósito pessoal é o primeiro passo para encontrar um que caiba no seu negócio. A segunda pergunta é: “Vou conseguir pagar as contas no fim do mês?” Sim, se você incluir este item no seu propósito, diz Ilsa Liamara Andrade Stuermer, coordenadora de Grupos Setoriais e coordenadora estadual do Empreender no RS.

– Se vai favorecer o coletivo, a sobrevida financeira é garantida. Quem beber desta fonte vai te fazer crescer.

 O segredo, segundo ela, está nas boas ideias e no envolvimento no maior número de pessoas possível. O sacrifício vai compensar e o retorno financeiro vai acontecer. 

Vendendo saúde e
também sabor

Mobirise

tirales gonaçalves  Molhos que agregam nutrição e valor

A forma como as pessoas se alimentam influencia na saúde que elas têm. Isso é fato. Várias pesquisas já provaram isso. O desafio está em entregar produtos saudáveis com sabor. Para quem vive em uma cidade onde predominam o churrasco, a massa e a polenta, não é tarefa fácil. É preciso coragem para abrir um negócio. E com ela vem o propósito, o querer fazer. E fazer bem feito.

Foi o que fez o designer de embalagens Tiarles Gonçalves, 33 anos. Apaixonado por culinária, largou um emprego estável para trabalhar com sabores. A primeira pergunta foi: “qual o propósito?”.

Depois de um ano planejando, estudando e fazendo experiências, há quatro meses abriu a Sauce Tasty, uma pequena empresa de molhos artesanais. Ele já colhe os primeiros resultados. Começou numa pequena sala de 30 metros quadrados e, hoje, já está outra com o dobro do tamanho. Contratou três funcionários e o negócio se autossustenta.

– Não temos um lucro palpável, mas vamos chegar lá.

Gonçalves começou o negócio atendendo ao público caxiense. Em quatro meses, já avançou pelo Estado e, em 2018, pretende levar seus produtos para Santa Catarina e Paraná.

Quem prova os produtos, degusta muito mais do que um simples molho. Degusta saúde, sabor, motivação, sonhos. Isso é propósito.

– Trabalhamos com experiência sensorial. Algo saudável e saboroso.

O diferencial começa pelos pontos de venda. Não é em qualquer lugar que se encontra Sauce Tasty. Só em casas especializadas em gastronomia. Por ser artesanal e com ingredientes muito selecionados, o preço também não se compara aos dos enlatados de mercados. O pote de 200 gramas custa R$ 17.

– Nosso valor é agregado. Ele tem o propósito de ser bom e saudável. Sei que quem vai experimentar volta a comprar, pois entregamos um produto seguro. Em todos os sentidos.

+ENTREVISTA

“Temos de nos reiventar”

para ter propósito, as empresas precisam investir em novos modelos, Inovação e Pesquisa

Mobirise



Ivanete Marzzaro
ivanete.marzzaro@pioneiro.com

Alexandre Job tem 39 anos e é consultor de empresas há 10 anos. Diretor da Qualytool, uma das mais destacadas no ramo em Caxias, ele sente na pele a dificuldade de tentar implantar o conceito de propósito nas empresas da Serra. Segundo ele, já passou da hora de as empresas de Caxias pensarem em propósitos, e não somente em preço.

Confira a entrevista:

Mobirise

FOCO  Para Alexandre Job, a Croasonho e a Girardi Sports são exemplos de empresas com propósito

Mobirise
Mobirise

O mercado da produtividade e das demandas é um mercado que não trata de propósito, trata de preço

  • Como você define o conceito de propósito?
    Alexandre Job: O propósito é a razão de existir de uma empresa ou organização. O propósito representa o valor que a mesma está propondo agregar ao seu cliente.
  • É possível atribuir o sucesso de uma empresa ao fato de ela ter um propósito?
    O grande segredo das empresas possuírem um propósito está no fato de o cliente perceber ou não qual é o valor que a organização está entregando. Este é o grande desafio: fazer com que o propósito seja percebido como valor pelo cliente, uma visão de fora para dentro. Não basta a empresa entender o seu propósito, o cliente precisa entendê-lo e reconhecê-lo como valor. 
  • As empresas da Serra Gaúcha já perceberam este fenômeno?
    As empresas caxienses e da Serra possuem uma estrutura de negócio baseada em grandes demandas e eficiência produtiva. O tempo levou a nossa matriz de negócios a uma centralização excessiva em segmentos específicos, principalmente no automotivo, que gera exatamente estas demandas tão buscadas. Não estamos tratando da percepção ou não deste fenômeno, estamos tratando de escolhas. O mercado da produtividade e das demandas é um mercado que não trata de propósito, trata de preço. Em se tratando de uma cidade com uma localização menos privilegiada, não estamos sendo tão competitivos. Está mais do que na hora de reinventarmos a nossa matriz de negócios. 
  • O que é preciso fazer para inserir o propósito nas empresas da Serra?
    N
    ão existe uma receita pronta para criar diferenciais de negócios baseados em valores fortemente percebidos pelo cliente ou pelo mercado. No mundo todo, grandes inovações surgiram nos últimos tempos com base em “modelos de negócio”, onde o valor, ou ainda, o propósito da organização são colocados no centro e tornam-se o foco das preocupações empresariais. A percepção do cliente é inserida no contexto interno da organização. Fazer o que todos fazem trará à tona a velha disputa acirrada por preços. As organizações precisam estar dispostas a gastar e a investir em novos modelos, em inovação, em pesquisa. O caminho é árduo, exige mudança e uma rápida saída da zona de conforto, fatos que vão contra a natureza humana. 
  • Por onde começar? 
    Fala-se muito em solucionar as dores do cliente, mas, se não soubermos quais são as dores, não saberemos que remédio dar. Essa é a forma que vejo dezenas de empresas no mundo todo usarem: muita análise sobre a jornada do cliente, sobre as experiências que o cliente usufrui e vivencia com os produtos e serviços. E, sobretudo, grandes investimentos para descobrir quais são as percepções e expectativas que o cliente possui. 
  • Como este conceito pode impulsionar as vendas de uma empresa?
    O cotidiano da espécie humana tem mudado numa velocidade assustadora. Logo, suas necessidades também estão mudando. Não é tão simples, mas precisamos entender tudo isso e gerar a necessidade por um serviço, por um produto, ou ainda, por um modelo de negócio, sem esperar que o cliente bata em nossa porta e faça um pedido formal. Se a nossa empresa conseguir fazer isso, estará sozinha em um mercado novo. Muitas vendas virão, sem nenhuma concorrência inicial. 
  • Como as empresas podem aliar o propósito a uma vida financeira saudável?
    A grande mudança é de foco e de percepção do valor. Devemos desenvolver uma visão clara de que as coisas vêm de fora da empresa. As oportunidades estão lá fora, e não dentro da empresa. Logo, a percepção de valor deve vir do cliente, do mercado, das perspectivas externas. As vontades, necessidades ou os anseios internos à organização não devem ser o norteador das estratégias e sim um delimitador do que pode ou não ser feito. Precisamos acordar urgentemente para esse cenário e sermos mais dinâmicos naquilo que fazemos. Não é fazer o que achamos que é certo, por que temos estrutura para isso. É fazer aquilo que o consumidor evidencia que vai consumir e da forma que ele quer consumir. O retorno financeiro é um consequência. Ele virá! 
  • Você pode dar exemplos de empresas com propósito em Caxias?
    Muitas empresas trabalham com foco em propósito. Embora seja crítico, sou bastante otimista e tem muita gente boa saindo do quadrado. Dois cases interessantes me chamam a atenção em Caxias do Sul na área do varejo: a Croasonho, que se tornou conhecida nacionalmente em pouco tempo com base em uma proposta de “experiência gastronômica”, é muito mais do que apenas vender croissants! A outra, a Girardi Sports, tornou-se líder de vendas (na região) em um segmento que especialistas inicialmente desencorajaram. Investiu em um modelo baseado em comportamento de um público específico e deu a este público tudo que eles necessitavam para praticar o seu esporte. Muito mais do que vender um tênis, vendeu todo o aparato necessário para o cliente usufruir da melhor experiência possível na sua jornada de prática de esportes: produtos, informações, interação e muito mais. Esses exemplos são empresas com propósito.

+CASA PRÓPRIA

10 passos para sair
do aluguel

Confira um roteiro que pode levar você ao sonho da compra do imóvel sem sobressaltos

Fonte: DSOP Educação Financeira 

Sair do aluguel é o sonho de muitos brasileiros. Para realizá-lo, é preciso economizar e traçar um planejamento antecipado. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, este é um sonho a ser conquistado no médio ou longo prazo.

– O financiamento imobiliário tem prós e contras, considerando a situação atual da pessoa ou família. Uma das principais desvantagens são os juros pagos ao longo do tempo. Portanto, é válido se programar para fazer esta compra no médio ou longo prazo, poupando dinheiro mês a mês. Assim, terá os juros trabalhando ao seu favor e melhores condições para negociar o pagamento – destaca Domingos.

Confira 10 orientações para comprar a casa própria, listadas pela DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br), organização dedicada à disseminação da educação financeira no Brasil e no mundo.

Pioneiro - +Serra 2

Analise o VALOR DO ALUGUEL que está pagando e, se for o mesmo valor da prestação de um financiamento, poderá ser uma opção financiar o imóvel. Contudo, lembre-se de que, de forma geral, os preços dos imóveis estão em alta. 

Pioneiro - +Serra 2

REÚNA A FAMÍLIA para conversar sobre as atuais necessidades e desejos, definindo região e valor, tendo em vista as reais condições em que se encontram.

Pioneiro - +Serra 2

Outro ponto a ser levado em conta é o CUSTO DE VIDA da região escolhida para se mudar, que pode ser mais alto do que o atual. Preocupe-se também com gastos com transporte.

Pioneiro - +Serra 2

Nunca se esqueça de que um novo imóvel demanda custos além das parcelas, como REFORMAS, móveis novos, taxa de condomínio e de transferência, etc.

Pioneiro - +Serra 2

Lembre-se de que o financiamento de um imóvel é considerado uma dívida de valor, por isso a família deve proteger as finanças antes de assumir as parcelas mensais. Portanto, criem uma RESERVA ESTRATÉGICA. Assim, havendo qualquer eventualidade, não deixará de honrar o compromisso.

Pioneiro - +Serra 2

Procure conhecer melhor PROGRAMAS DO GOVERNO – como o Minha Casa, Minha Vida, que facilita o financiamento da casa própria.

Pioneiro - +Serra 2

Se a pessoa não pagar aluguel ou tiver condições de conciliar este pagamento com um investimento, uma ótima alternativa é GUARDAR O VALOR DA PRESTAÇÃO em um investimento conservador. Assim, após alguns anos, poderá comprar a casa à vista e não pagar juros. É preciso entender que, com o dinheiro aplicado, os juros trabalham a seu favor, enquanto que, no financiamento, se paga juros.

Pioneiro - +Serra 2

O melhor caminho para adquirir é poupar parte do dinheiro que se ganha. Portanto, faça uma simulação em qualquer banco de quanto custaria a prestação do imóvel e comecem a guardar um INVESTIMENTO CONSERVADOR, como poupança, CDB ou tesouro direto. Se for interessante, é válido utilizar o valor do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Pioneiro - +Serra 2

Se não tiver pressa, considere o CONSÓRCIO. Nesta modalidade, faz-se o pagamento de um valor fixo mensalmente e é contemplado com a carta de crédito por sorteio ou lance. A pessoa pode ser sorteada rapidamente ou após muitos anos. Por isso, é importante se planejar com antecedência, caso contrário pode não conseguir conciliar as despesas.

Pioneiro - +Serra 2

Caso não esteja conseguindo pagar a prestação da casa própria, REVEJA IMEDIATAMENTE OS GASTOS, em especial as pequenas despesas, que, somadas, podem levar a família ao desequilíbrio financeiro.

Pioneiro - +Serra 2

+AGENDA

17 a 19 de agosto

Inovação e tecnologia no Innovation Day

O Trino Polo (Polo de TI da Serra Gaúcha) e Seprorgs (Sindicato das Empresas de Informática do Rio Grande do Sul) promovem o Innovation Day em Caxias do Sul. A quinta edição do evento terá três dias de atividades: 17, 18 e 19 de agosto e está voltada para empresários, funcionários e estudantes da área de inovação e tecnologia.
A palestra de abertura tratará do tema Inovação disruptiva, ecossistemas e processos de inovação, ministrada pelo sócio e membro do Conselho da Bozano Investimentos, Jonas Gomes, na Uniftec.
Nos dias 18 e 19, serão oferecidos dois minicursos: Inovando com Big Data, I.A. Iot, Serveless e DevOps e Inovação em Vendas.

Inscrições pelo link http://bit.ly/2uxswzo (54) 3028.7656 ou (54) 3222.0212
e-mail trinopolo@trinopolo.com.br - e-mail caxiasdosul@seprorgs.org.br

Mobirise
22 a 24 de agosto

Expoagas 2017

A 36ª Convenção Gaúcha de Supermercados – Expoagas 2017 estima negócios de R$ 497 milhões. Projetada para receber varejistas de diversos segmentos da economia, a Expoagas irá congregar 44 mil pessoas ligadas ao varejo, ao setor atacadista, ao segmento produtivo e à indústria no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre, entre os dias 22 e 24 de agosto. Com 800 lançamentos, a 36ª edição do evento vai mostrar tendências de consumo.
Inscrições até 18 de agosto em www.agas.com.br ou, após dia 18, na secretaria do evento.

www.agas.com.br

O que: palestra com o neurocientista Miguel Nicolelis (interfaces entre cérebro e máquina), na abertura do IV Seminário de Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Social.
Onde: UCS Teatro, às 20h. 

http://bit.ly/NicolelisUCS
(54) 99108-2490 (com Scheila)

O quê: painel Reforma Trabalhista – O que mudou?, do Simplás.
Onde: Auditório da CIC Caxias do Sul, das 19h às 22h. Entrada gratuita.

vanessa@simplas.com.br
(54) 3013-8484

O quê: Sustentabilidade em salões de beleza. Programação da Semana Temática de Sustentabilidade, do Sebrae-RS.
Onde: Auditório do Senac (Avenida Júlio de Castrilhos, 3.638), às 14h

O quê: Workshop Empretec – Conheça as características empreendedoras. Programação da Semana Temática de Sustentabilidade, do Sebrae-RS.
Onde: Sebrae Caxias do Sul (Rua Pinheiro Machado, 1.276)

0800-570-0800
www.eventials.com/sebraers

O quê: palestra O seu Futuro Depende de Você!, com o conferencista Cesar Romão.
Onde: Teatro Murialdo (Rua Flores da Cunha, 1.740, Caxias do Sul), às 19h30min.

www.inovacaotd.com.br
(54) 3027.6008

O quê: palestra Prenda o Ladrão de sua Organização – Liberte o que há de
melhor nela, com o
escritor Moacir Rauber.
Será o lançamento do Encontro Sul-Americano
de Recursos Humanos 2018.
Onde: Auditório do Bloco A da UCS, às 19h

(54) 3228-7332
arh@arhserrana.com.br

O quê: IV Seminário de Fornecimento de Material de Defesa e Segurança.
Onde: Auditório da CIC Caxias do Sul, das 12h às 18h.

www.ciccaxias.org.br
(51) 3347-8846. 

Oportunidades

CONCURSOS COM INSCRIÇÕES ABERTAS

  •  Conselho Regional de Farmácia do RS – Inscrições até 5 de setembro. Diversas funções. Nível fundamental a superior. Salários entre R$ 1.278,42 e R$ 5.221,55.
  • l Prefeitura de Alvorada – Município na Região Metropolitana. Inscrições até 17 de agosto. Vagas na área da saúde. Nível fundamental a superior. Salários de R$ 1.256,44 a R$ 12.214,10.
  • l Câmara Municipal de Itaqui – Município na Fronteira Oeste. Inscrições até 24 de agosto. Diversas funções. Nível fundamental incompleto a superior. Salários de R$ 1.743,22 a R$ 5.229,45.
  • l Uergs (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul) – Inscrições até 5 de setembro. 15 vagas para professor substituto. A partir de superior completo. Salários de R$ 5.237,57 a R$ 7.668,21, conforme a formação.
    http://bit.ly/oportunidadesabertas

Indicadores

Mobirise