A ideia de duplicação, ainda que parcial, também é apoiada por comerciantes, policiais rodoviários e representantes da construtora Toniolo, Busnello, responsável pela construção de 76,5 quilômetros da estrada e dos túneis na Serra do Pinto.
Se há 10 anos, com a entrega das obras na Rota do Sol, chegavam ao fim décadas de esforços pelo sonho da ligação entre a Serra e o Litoral, naquele momento também se criava outra expectativa: como seria dali para frente? O que seria necessário para atender satisfatoriamente a segunda região mais desenvolvida economicamente no Estado?
A necessidade de se garantir o menor impacto possível à flora e à fauna da região levou o Daer a assumir compromissos com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O acordo prevê uma série de ações para recuperação ou prevenção de danos. A principal delas é a instalação de um pelotão do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), demanda de quem também usa ou vive às margens da rodovia. As licitações para a construção da base, que será em Tainhas, e de um posto avançado, em Terra de Areia, já foram lançadas e as empresas, definidas. Uma balança também será instalada.
Enquanto o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) não ganha os postos fixos na Rota do Sol, a fiscalização da rodovia é realizada por meio de rondas periódicas por policiais das unidades de Farroupilha, Gramado e Torres. No período de veraneio, no entanto, o alto fluxo da estrada – que chega a receber mais de 10 mil veículos por dia em feriadões, por exemplo – exige um trabalho mais intenso.
A Rota do Sol é considerada uma rodovia sem grandes perigos, mas há cruzamentos e acessos a localidades mais povoadas que podem ser arriscados. O Ministério Público chegou a apontar 16 pontos críticos em Caxias do Sul e solicitou medidas que poderiam garantir um pouco mais de segurança, principalmente aos moradores de bairros cortados pela rodovia. No entanto, desde 2014, quando o MP iniciou este movimento, pouca coisa do papel: o acesso ao bairro São Ciro II, onde foi instalado um quebra-molas, as alterações no trevo e instalação de sinaleiras no acesso a Monte Bérico e o acesso do Santa Fé pela Avenida Dr. Mário Lopes, onde o Estado recolocou lombadas eletrônicas. Ao longo da rodovia, há pardais instalados nos kms 168, em Vila Seca, 210, em Lajeado Grande e 233, próximo a Tainhas.
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