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Enfim, BEATO

Padre João Schiavo é o único beato de Caxias do Sul


Texto
Raquel Fronza
raquel.fronza@pioneiro.com
Arte e Infografia
Márcia Dorigatti
marcia.dorigatti@pioneiro.com
Foto
Porthus Junior
porthus.junior@pioneiro.com
Diogo Sallaberry
diogo.sallaberry.com.br
Acervo Irmãs Murialdinas

Mobirise

Ele “morreu um santo”, bradavam católicos no enterro do padre João Schiavo, no dia 27 de janeiro de 1967, no distrito de Fazenda Souza, em Caxias do Sul. Ao redor do túmulo improvisado, erguido em um terreno cascalhado que antes acolhia pomares — lugar onde o padre dizia cair bem a construção de um cemitério _, tornava-se conhecida a fama de santo de Giovanni Schiavo, padre italiano batizado como João em território caxiense.


- Um dia depois que ele morreu, eu não me lembro o nome dela, mas uma mãe levou a filha e colocou deitada no túmulo dele pedindo uma graça. Ela não faria isso se não acreditasse que ali estava alguém que iria interceder por ela - lembra a irmã Enedina Smiderle, 71 anos, que ainda vive em Fazenda Souza.


Este sábado, 28 de outubro, será marcado por um evento que, além de inédito, marcará a Diocese de Caxias do Sul pela grandiosidade. Padre João Schiavo será oficialmente tornado beato a partir das 10h, nos Pavilhões da Festa da Uva, diante de uma multidão de devotos que acreditam na força da sua fé. A igreja reconheceu que Schiavo viveu as virtudes cristãs de forma heroica, aprovando inclusive um milagre atribuído por sua intercessão: a cura imediata de Juvelino Cara (leia mais na próxima página), que sofria de uma trombose mesentérica intestinal e foi desenganado pelos médicos. Mas há também quem atribua ao religioso a cura de um câncer, a aquisição de bens materiais, casamentos bem sucedidos e outros desfechos felizes. O fato é que Caxias do Sul tem seu primeiro beato, título que será confirmado na manhã deste sábado pelo prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato.


- O milagre foi fundamental porque é a voz de Deus se manifestando. Mas já se sabia que ele viveu de forma heroica, isto era uma certeza moral. Mas Deus se mostrou também por meio do milagre - afirma o postulador da causa de beatificação, padre Orides Ballardin.


Schiavo levou a sério a vida cristã e expandiu a religiosidade para suas ações. A fundação de duas escolas, um seminário que formava padres, um noviciado, uma congregação de irmãs e um orfanato são alguns exemplos da articulação poderosa que o aproximava de famílias carentes ou empresários abastados. Milhares de cidadãos foram beneficiados pelas iniciativas do sacerdote josefino. Neste sábado, quando o cardeal italiano ler a Carta Apostólica que o declara beato em duas línguas, mais de 16 anos de esforço agraciam o povo e dão a Caxias do Sul seu primeiro homem santo.


- Não há nenhuma diferença entre beato e santo, apenas a veneração. Por isso, vamos aprender com Schiavo a viver melhor, rezar mais, apoiar a família e educar nossos jovens. É o que ele queria -  convoca Ballardin.
 


"Vamos aprender com o padre Schiavo a viver melhor, a rezar mais, a apoiar a família e educar nossos jovens. É o que ele queria."
Padre João Schiavo

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Juvelino Cara é testemunha viva do milagre

Aos 84 anos, Juvelino Cara descobre-se em um momento jamais vivido por quem não tem fé. É o milagre concedido ao aposentado, morador do bairro Sagrada Família, o responsável pela beatificação do padre João Schiavo, amigo que ele nunca pôde conhecer e ao qual diz dever sua vida. A graça que foi reconhecida pelo Vaticano tornou Cara uma personalidade conhecida em Caxias do Sul.


– “É o senhor do milagre do padre” ou ainda “é o beato”, apontam nas ruas – revela, brincando.

O fato é que 20 anos após uma trombose castigar rapidamente o intestino do aposentado e os médicos alertarem a família sobre suas últimas três horas de vida, não há quem segure o sorriso dele e da mulher, Lourdes, 79, sua fiel companheira.


– Este ano, quando eu tive uma pontada (pneumonia), eu achei que não ia durar. Achei que não ia dar tempo para ver ele ser beato – confessa Cara, emocionado.


A ligação da família com o padre começou em setembro de 1997. Naquele ano, hospitalizado repentinamente após crises de vômito, Cara foi diagnosticado com uma trombose mesentérica intestinal. Diante de uma doença grave e com raríssimas chances de cura, o médico convocou filhos e esposa para se despedirem do aposentado. Lúcido, Cara rezava com a mulher e lembra do padre que apareceu em uma madrugada, para dar extrema unção, e das enfermeiras que o vigiavam constantemente:


– Elas vinham espiar se eu já tinha batido as botas, porque o médico avisou que era rápida a coisa.


Lourdes, então, pegou na bolsa um santinho com a oração do padre Schiavo que havia recebido dias antes da madre Elisa Rigon. O casal recebeu o cartãozinho ao visitar o túmulo de uma vizinha em Fazenda Souza. A madre comentou que a comunidade só aguardava um milagre para Schiavo se tornar santo.


– Eu pensei: meu Deus, tomara que não seja na nossa família, porque para precisar de um milagre, alguém precisa estar muito mal – recorda Lourdes, revelando que o santinho não existe mais porque ela o segurou com tanta força naquela noite que o papel se esfarelou.


Schiavo se tornará beato graças à confiança da família Cara e da multidão que visita o seu túmulo em Fazenda Souza. Nem o médico acreditou na reviravolta da saúde de Cara e que, anos depois, o Vaticano atestou: a cura não tem explicação médico-científica. Neste sábado, entre os milhares que lotarão os Pavilhões, o casal promete estar alinhado e sorridente, na primeira fila em frente ao altar.


– A roupa está pronta, vamos usar um traje que só foi usado uma vez. E marquei salão de beleza – confidencia Lourdes.

Postulador incansável

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Aos 80 anos, padre Orides Ballardin é postulador da causa de beatificação do padre João Schiavo, isto é, o encarregado de um trabalho exaustivo que se iniciou em 2001 e envolveu até mudança para o Vaticano, em 2009. Padre Orides diz que chegou a adoecer tamanha dedicação, mas comemora poder vivenciar de perto um dos momentos mais emblemáticos da sua carreira diocesana. Para ver João Schiavo beatificado, Ballardin encaminhou um dos mais de150 relatos de milagres atribuídos ao padre. Ao retornar para Caxias do Sul com um “sim” do Papa Francisco na bagagem, ele sentencia: 

— Estou encerrando com chave de ouro minha vida. Achei que eu não o veria beato, mas estou muito feliz. A comprovação do milagre é a voz de Deus se manifestando.


Padre Orides, junto da madre Elisa Rigon, já falecida, ajudou a catalogar documentos e ouvir devotos de Schiavo que tiveram graças alcançadas. Também elaborou a história do venerável, intermediou encontros no Vaticano e, mesmo com saúde debilitada, convidou a população para o evento deste sábado. A festa é a consequência deste trabalho árduo e motivador do padre que tem Schiavo como inspiração religiosa.


— Ele me acolheu no seminário, me ensinou tudo que sei sobre ser padre. Eu fiz um acordo com ele: disse-lhe que consigo a beatificação, e ele cuida da minha saúde. E vamos chegar neste fim de semana, juntos — declara.  


"Plantem muito... e coisa boa... tanto fora como dentro, e muito mais dentro da terra do coração e da alma". 
Padre João Schiavo

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"Era amoroso e preocupado com a família"

Quando ainda era guria, os fins de tarde da escriturária aposentada Rosa Gerica Graziela Calabró, 75 anos, eram acompanhados de um abraço caloroso do seu tio João Schiavo. Era rotina: ao chegar em casa, vinda do trabalho, encontrava João à mesa com a mãe dela, Ida Schiavo Calabró, irmã do padre. O café da tarde na moradia da família Calabró, no bairro São Pelegrino, era um dos compromissos cotidianos que João não abria mão quando tinha agenda na área central de Caxias — o que se repetia frequentemente.


A conversa em dialeto, o café quentinho e a mesa posta rememoravam os tempos da Itália, antes de a família Schiavo deixar a cidade de Santo Urbano para migrar para Caxias. Na mesa, não podia faltar grostoli “quase transparente de tão fininho”. O papo era doce, como as lembranças que os três sobrinhos que ainda vivem em Caxias do Sul têm do mais novo beato da diocese.


— Ele era muito amoroso, muito preocupado com a família e com a nossa saúde. Sentado com a mãe, ele gostava de falar dos planos, dos colégios que queria construir, das irmãs josefinas. Nós não achamos que veríamos ele se tornar beato — emociona-se Rosa.

Além de Rosa, preparam-se para a cerimônia deste sábado os sobrinhos Luigina, 68, e Francesco, 72. O trio de irmãos têm mais lembranças de Schiavo como tio do que como sacerdote. É o que argumenta a secretária Luigina, que chegou ao Brasil com quatro anos e lembra da dificuldade da família em dialogar em português. Ela esperava com ansiedade o período de férias escolares porque era quando ia para Fazenda Souza passar dias com o tio João. Embarcava em uma Kombi e participava de piqueniques no campo junto com os internos do orfanato capitaneado pelo padre. Também acompanhava as trilhas que o tio liderava com as irmãs murialdinas em Água Azul, localizada em Santa Lúcia do Piaí. Ela ainda diz que ficava admirada com o gosto musical clássico do tio, apaixonado por óperas e concertos musicais.

— Ele nos perguntava muito se gostávamos do Brasil, se éramos felizes aqui. Ele defendia muito este lugar, pedia que tivéssemos respeito pelo país. Quando saíamos para passear, no caminho, rezávamos na ida e na volta. E em latim. Ele nos pedia que confiássemos na providência — lembra Luigina.

Parentes reunidos para a festa

O professor aposentado Francesco Calabró, também sobrinho de Schiavo, é um dos encarregados de receber uma comitiva de mais de 30 italianos que desembarcaram em Caxias especialmente para a beatificação. Destes, sete são parentes do padre, sendo três sobrinhos. Há gente com mais de 80 anos na excursão. Eles são de Santo Urbano, e aproveitam o evento para conhecer mais a Serra, já que em virtude da popularidade do padre no Brasil, eles já vieram em outras ocasiões.


— Nós somos apenas coadjuvantes desse trabalho que ele realizou. Aprendemos a ter mais harmonia, proferir palavras de bondade e a tentar ser mais tranquilos, porque ele sempre atendia a todos que precisassem —ensina Francesco.


Na região de abrangência da Diocese de Caxias do Sul, com 74 municípios, virão organizadas caravanas para participar do inédito evento, para o qual são esperadas milhares de pessoas de todo o Brasil e do Exterior. Do Chile e da Argentina, onde há a presença dos Josefinos e Murialdinas, por exemplo, chegarão 160 pessoas, além de 34 devotos do Equador.

As origens

João é o primeiro dos nove filhos do casal Luigi e Rosa Fitorelli Schiavo, e nasceu em 8 de julho de 1903.  O pai era sapateiro e a mãe, dona de casa. Aos quatro anos, Schiavo teve paralisia e meningite e ficou à beira da morte. Sua cura teria sido milagrosa. Depois de estudar em Santo Urbano, na Itália, Schiavo percorria diariamente seis quilômetros até a escola em Motecchio Maggiore. Na missa, ajudava o padre como coroinha. Ele foi ordenado sacerdote em 10 de julho de 1927, na Catedral de Vicenza. A Congregação dos Josefinos de Murialdo acolheu o sacerdote, que pediu para ser missionário. A primeira delas foi para o Brasil.
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Cerimônia inédita na Serra

O público que comparecer aos Pavilhões da Festa da Uva neste sábado irá conferir um evento de porte nacional. Isto porque a primeira beatificação realizada na Diocese de Caxias do Sul deve atrair pelo menos 15 mil pessoas – ainda que a organização prefira não focar atenção em números, há uma megaestrutura montada no Pavilhão 2. Os portões abrem às 8h, e a missa deve se iniciar às 10h, com previsão de duração de duas horas.


A simbologia promete deixar a cerimônia carregada de emoção. O responsável por comandar a cerimônia é o representante do Papa, prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, que contará com a participação do bispo da Diocese de Caxias do Sul, dom Alessandro Ruffinoni.


A beatificação será um momento raro para uma comunidade, já que há mais de 4 mil causas aguardando avaliação no Vaticano. O tempo que o padre João Schiavo levou para conquistar esse título – que é somente um passo antes da santidade – foi relativamente rápido, reconhece o postulador da causa, padre Orides Ballardin:


– (O processo) se iniciou em 2001 e, exatamente neste ano da beatificação, celebramos os 50 anos de morte do padre João e os 20 anos da cura que o Vaticano reconheceu como milagre.


Um rito deve diferenciar a cerimônia deste sábado de uma celebração comum. O bispo dom Alessandro irá pedir, em nome de todos os bispos, que o cardeal italiano inscreva Schiavo como beato. Após, o padre Ballardin subirá ao palco para fazer uma breve apresentação sobre vida e obra do beato para que a comunidade saiba um pouco mais sobre sua história. Após, ocorre o grande momento da cerimônia: a leitura da Carta Apostólica em duas línguas, latim e português. Ela foi elaborada e assinada pelo próprio papa Francisco. A partir deste momento, Schiavo já será considerado oficialmente beato.


Além do religioso josefino, foram reconhecidos como beatos no Rio Grande do Sul o padre Manuel Gomes Gonzales, o coroinha Adílio Daronch e a madre Bárbara Maix. Com a beatificação de Schiavo, o Brasil alcança 52 beatos e 36 santos. O país tem ainda 12 veneráveis, que aguardam apenas a aprovação de um milagre para se tornarem beatos.


"Deus nos dá tempo e vida. Não os desperdicemos, pois são tesouros dos quais deveremos, um dia, dar contas". 
Padre João Schiavo

A cerimônia

  • Quem presidirá a cerimônia é o representante do Papa, o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato e demais lideranças eclesiais do Brasil e do Exterior – entre elas o superior-geral dos Josefinos, padre Mario Aldegani, e a superiora-geral das Murialdinas de São José, irmã Orsola Bertolotto, ambos italianos.  
  •  O rito será composto pelos seguintes atos: o bispo diocesano dom Alessandro Ruffinoni, em nome de todos os bispos presentes, pede ao cardeal Angelo Amato que padre João seja inscrito como beato. Segue com uma breve apresentação do padre João, feita pelo postulador Orides Ballardin. Depois disso, ocorre a leitura da Carta Apostólica, assinada pelo Papa Francisco, proclamando João Schiavo Bem-Aventurado. 
  • Em seguida, haverá o descerramento da imagem que retrata o novo beato na glória de Deus, ao som do hino de louvor. O rito finaliza com a procissão da relíquia do beato, que será exposta no altar, para ser incensada e venerada

Fazenda Souza festeja um amigo

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O aposentado Ivan Oliveira Reis, 69 anos, abre a porta de sua casa no distrito de Fazenda Souza vestindo uma camiseta que estampa o rosto do padre Schiavo. A roupa não é exclusiva para a foto do Pioneiro: Reis tem três peças semelhantes e adora desfilar pelas ruas de Caxias com elas. Já viajou até a Itália divulgando Schiavo na camiseta. Na cozinha de casa, há fotos do padre e recortes de jornal que tratam sobre vida e obra do religioso. O amigo deixou saudade para Reis e a mulher, Elsa Vanassi dos Reis, 73, que aprendeu italiano com o padre. 

Assim como o casal, a comunidade de Fazenda Souza vive uma euforia nos últimos dias com a aproximação da beatificação de seu padre mais querido.


– Eu obtive a cura de um melanoma (um tipo agressivo de câncer de pele) em 2009 graças a ele. Qualquer coisa que eu preciso, peço com bastante fé e direcionado a ele, e dá certo. Quando se trata de padre Schiavo, as coisas funcionam – elogia Reis.


O distrito tem uma forte ligação com o religioso: foi em Fazenda Souza que Schiavo viveu seus últimos anos, onde seu corpo está enterrado. Comunidades dos arredores participaram de novena nestas duas últimas semanas celebradas na capela erguida ao redor da sepultura do religioso, em 2015. Além da imponente capela envidraçada, há um memorial que preserva itens de uso do padre. É possível conhecer livros, calçados, máquinas de escrever, cartas, vestes e outros artigos que narram traços da personalidade do italiano.


– Na semana passada, nós levamos os sapatos dele para o altar no ofertório e os fiéis beijaram – conta emocionada a irmã Enedina Smiderle, que trabalha no espaço.


A comunidade de Fazenda Souza está enfeitada com bandeirolas e cartazes e até o pórtico convida para a beatificação. É o principal assunto entre os moradores, já que muitos conheceram Schiavo e aguardaram com ansiedade este sábado chegar. Schiavo costumava visitar as famílias e os enfermos, além de celebrar missas na comunidade de Fazenda Souza com bastante frequência. Seu relacionamento com os moradores era íntimo e carinhoso, e a fama de santo nunca foi novidade entre os moradores.


– A igreja enchia e ninguém queria perder uma missa. Desde o velório dele, as pessoas já lamentavam e diziam que ele era um verdadeiro santo– descreve Elsa. 

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Missas no fim de semana

A programação da beatificação seguirá pelo fim de semana. Ainda no sábado, a partir das 16h, será celebrada uma missa em espanhol para grupos de estrangeiros. A cerimônia ocorrerá na capela onde está o túmulo do padre, em Fazenda Souza, e será presidida pelo superior provincial da Província Argentina-Chile, padre José Luís Di Paolo, e sacerdotes estrangeiros.


No domingo, haverá missa de ação de graças, às 10h, também na capela. Estarão presentes os bispos josefinos e outros da diocese de Caxias do Sul. Haverá ônibus da empresa Ozelame saindo de Caxias do Sul com paradas na Escola Presidente Vargas, às 8h45min; na Paróquia Murialdo, às 9h; e por último, no Monumento Imigrante, voltando após o almoço do salão paroquial de Fazenda Souza. Informações pelo telefone (54) 99138-5481. Será servido almoço no salão paroquial de Fazenda Souza.


Os ingressos custam R$ 20 (adulto) e R$ 10 (infantil). Informações: 99632-4152, 98128-6584 e 98148-4515. 


"Se não tivermos caridade no coração, não a teremos nem nos pensamentos, nem nos julgamentos, nem nas palavras e nem nas obras".
 
Padre João Schiavo

Linha do tempo

1931

João Schiavo deixa a Itália e parte de navio para o Brasil, chegando 20 dias depois, no dia 5 de setembro, em Jaguarão (RS) e, de lá, dois meses depois, segue para Caxias, fixando-se em Ana Rech.

1932

É ordenado o primeiro mestre de noviços da missão Josefina no Brasil. Vive sua vocação e missão como animador de seminaristas e noviços e educador no Colégio Murialdo de Ana Rech.

1935

Pe. João é transferido para Galópolis, onde exerce a função de pároco e diretor da escola. Institui paróquia a Cruzada Eucarística envolvendo mais de 200 crianças.

1937

Com a saída dos Josefinos de Galópolis, retornou para Ana Rech como mestre de noviços e assistente dos seminaristas. Coube-lhe a direção do Colégio Murialdo.

1941

Idealiza e ajuda a fundar o Seminário Josefino no distrito de Fazenda Souza

1942

Cria a Escola Normal Rural Murialdo de Ana Rech, em parceria com
o Estado. 

1946

Atua como provincial dos Josefinos no Brasil entre 1946 e o final de 1955.

1947

Assume um Abrigo de Menores em Pelotas. Ao mesmo tempo, busca parcerias para abrir o Abrigo de Menores São José, em Caxias do Sul. 

1952

Inicia o acompanhamento de vocacionadas à vida religiosa no carisma de Murialdo, preparando a fundação das Irmãs Murialdinas no Brasil. 

1954

Funda a Paróquia do Patrocínio de São José e a Obra Social em Porto Alegre. 

1956

Findado o trabalho como superior provincial, passa a morar no Seminário de Fazenda Souza e a se dedicar à orientação de confrades e seminaristas da província. Também se preocupa com a organização das Irmãs Murialdinas, tornando-se administrador e formador.  

1958

Com a ajuda da irmã Elisa Rigon, Schiavo continua sua vocação de educador e funda o Colégio Santa Maria Goretti das Irmãs Murialdinas, no interior de Fazenda Souza.

1967

Schiavo, cuja saúde há tempo está debilitada, adoece gravemente no final de novembro de 1966 e morre no dia 27 de janeiro de 1967, aos 63 anos.

Serviço

  • O evento ocorre no Pavilhão 2 dos Pavilhões da Festa da Uva.
  • Os portões abrem para o público às 8h. A entrada é gratuita.
  • Os acessos serão divididos da seguinte maneira: Portão 1: entrada de visitantes e veículos; Portão 3: entrada de ônibus de turismo; Portão 6: saída de ônibus de turismo. Portão 7: entrada e saída de autoridades, eclesiásticos, fornecedores e imprensa; Portão 8: saída de visitantes e veículos.
  • Haverá transporte do pórtico até o Pavilhão 2 para pessoas com dificuldade de locomoção.
  • O estacionamento custará R$ 10 (carros) e R$ 25 (ônibus).
  • A Visate colocará linhas especiais do transporte coletivo para o trajeto Centro/Pavilhões a partir das 8h. A saída será defronte à Escola Presidente Vargas. O retorno Pavilhões/Centro começa a partir das 12h. A passagem custa R$ 3,70.
  • Serão vendidos lanches em estruturas instaladas próximas ao Pavilhão 2 e na Lanchonete do Parque, situada próxima ao pórtico.
  • Sanitários químicos estarão localizados na parte interna do Pavilhão 2, além das estruturas externas dos Pavilhões.
  • Haverá transmissão ao vivo da celebração pela televisão para todo o território nacional pela Rede Vida. Entrarão em cadeia para a transmissão a UCS TV (canal 15 da Net e 27 do sinal aberto) e suas repetidoras na região (com reprise às 19h30min), a Canção Nova e a TV Nazaré (cobertura Norte, Nordeste e Centro-Oeste). A Rádio
  • Miriam, emissora da Diocese de Caxias do Sul, entrará em cadeia para a transmissão ao vivo.
  • No Facebook, a página oficial pejoaoschiavo também transmitirá ao vivo, assim como a página Diocese de Caxias do Sul.

Localização

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