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GOLS
e uma família

Daniele Mateus saiu do interior do Ceará para jogar
handebol de forma profissional na Apahand/UCS, nos
áureos tempos em que disputava a Liga Nacional

Amizades e uma família. Esses são alguns dos legados que Daniele Coelho Mateus adquiriu no esporte. Mais precisamente no handebol.

A cearense de Uruburetama mora em Caxias do Sul desde 2012 e foi na Serra Gaúcha onde chegou ao auge no esporte que adotou como prática. Ela fez parte do time da Apahand/UCS que participou da Liga Nacional Feminina durante seis temporadas, cinco deles de forma ininterrupta, até 2015.

– Comecei em 2012, vim morar numa república com meninas de outros estados. A melhor fase da minha vida no handebol foi quando vim para cá. Tudo era diferente, sofri muito com o clima, não tinha nem roupa de frio, mas não foi tão difícil. Sobre a saída da liga, digo que tudo é fase. Foi algo muito bom, mas acabou – relembra.

Dani, como é chamada, é armadora e segue defendendo as cores da Apahand/UCS, agora em competições de menor expressão. Aos 31 anos, no entanto, terá de fazer uma breve pausa na carreira. Junto do esposo Daniel Dall’Alba, está esperando o primeiro filho.

– Estava jogando o Estadual e, nas quartas de final, descobri que estava grávida. Estou com três meses de gravidez. Pretendo voltar, até para praticar esporte. Por hobby. Mas quando eu ainda não sei – conta.

Atualmente, Daniele trabalha como auxiliar administrativa numa empresa de vinhos e se considera caxiense. Afinal, conquistou o que mais desejava quando trocou o Nordeste do Brasil pela região Sul.

– Vim para cá não para ser a melhor jogadora, mas com o objetivo de ter oportunidade de crescimento na vida. Tinha planos de ter um bom emprego, ser uma boa profissional, construir uma família – revela, ao se declarar realizada com tudo o que viveu no handebol. 


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  • O handebol foi trazido ao Brasil na década de 1930 por alemães, primeiramente para São Paulo.
  • A primeira participação do Brasil nos Jogos Olímpicos foi em 1992, em Barcelona-ESP. 
  • A estimativa é de que o handebol tenha 33 milhões de praticantes em 185 países.  
  • A melhor participação do handebol feminino em Olimpíadas foi em 2016, com um quinto lugar no Rio de Janeiro. 
  • Em 2013, as meninas do Brasil foram campeãs mundiais, na Sérvia. 

Dani criou raízes
em Caxias

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Os primeiros arremessos de Dani no handebol iniciaram ainda na pequena Uruburetama, de cerca de 20 mil habitantes e a mais de 100 km da capital Fortaleza.

– Começou no interior do Ceará, na escola, quando eu tinha uns 15 anos, já participando de competições, viajando para jogar. Era por amor. Chegava a tirar dinheiro do bolso para pagar as viagens. Conheci muitas cidades do Nordeste. Jogava por uma cidade chamada Pentecoste, depois fui para Maracanaú, na região metropolitana de Fortaleza. Já com 22 anos foi onde a paixão aumentou. Segui, mas até pensei em desistir porque não é futuro jogar lá. Não tem renda – recorda.

Depois disso, a vida de Daniele cruzou com Emanuelle Moreira, a Manu, também cearense, e que já morava e jogava handebol em Caxias.

– Ela entrou em contato comigo e perguntou se eu tinha coragem de morar aqui no Sul para jogar. O Gabriel (Citton, técnico da equipe) estava precisando de uma armadora. Aceitei na hora porque eu ia jogar e receber ao mesmo tempo. Era uma oportunidade também de fazer faculdade. Fiz um ano e meio de Educação Física, mas não consegui terminar porque acabou a bolsa – explica a jogadora.

Apesar da distância continental da família, a cearense criada com os avós até pensou em voltar para casa quando o time da UCS encerrou o projeto nacional, mas voltou atrás pelas oportunidades que a vida ofereceu na cidade:

– Pensei em voltar, mas quando já tinha acabado o profissional. Mas logo comecei a trabalhar. Não voltei porque as oportunidades aqui são melhores para trabalho e moradia. Nesta mesma época conheci meu marido numa festa. Estamos há quatro anos juntos. Ele ajudou para que eu não fosse embora, criei mais raízes, mas eu já tinha planos de ficar em Caxias desde que cheguei e o handebol me abriu portas.


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  • O atleta pode dar três passos com a bola sem quicá-la;
  • Com exceção do goleiro, nenhum jogador pode tocar na bola se estiver dentro da área; 
  • Caso o jogador da defesa entre na própria área ou cometa uma falta que a arbitragem considere mais grave ou interfira um lance de gol, será marcado tiro de 7 metros, como um pênalti. 
  • Nas faltas mais assintosas, os atletas podem ser punidos com dois minutos de exclusão. 
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Texto
Renan Silveira
renan silveira@pioneiro.com


Design
Andressa Paulino
andressa.paulino@pioneiro.com
Luan Zuchi
luan.zuchi@pioneiro.com


Fotos
Lucas Amorelli
lucas.amorelli@pioneiro.com



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