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“Plano vai ser um marco”

novo secretário de desenvolvimento, EMÍLIO ANDREAZZA, colaborou na construção do plano de AÇÃO na área

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JULIANA BEVILAQUA

juliana.bevilaqua@pioneiro.com

Emílio Andreazza deixou a coordenação do Núcleo de Governança do governo de Daniel Guerra (PRB) para um novo desafio em 2018: conduzir a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego. Aos 31 anos, o advogado assume a missão de elaborar políticas de geração de trabalho e renda em Caxias.

A primeira ação será a abertura da Sala do Empreendedor, no primeiro trimestre. O espaço irá compilar serviços para encaminhamentos necessários para abertura de novas empresas. A iniciativa promete facilitar a vida de quem quer abrir um negócio na cidade. A sala seria inaugurada ainda em 2017, quando Carlos Heinen estava à frente da pasta, mas foi adiada.

A grande contribuição que a secretaria quer deixar para a comunidade é a criação do Plano Municipal de Desenvolvimento. A elaboração está prevista no Plano Diretor Urbano, cuja revisão está em análise na Câmara de Vereadores e será votada este ano. Sendo aprovado, a prefeitura poderá iniciar o planejamento específico para criar regras para o desenvolvimento.

– Vai ser um marco – diz Andreazza.

roni rigon

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O prefeito nos deixou claro que a diretriz é desenvolver uma nova matriz produtiva 

  • Como a prefeitura pode estimular a criação de vagas de emprego?
    Temos um desafio grande, precisamos olhar para frente em 2018 com a conjugação dos diversos atores que temos no processo em Caxias, ou seja, entidades de classe, academia, sociedade civil e também poder público para a gente fazer um grande movimento de desenvolvimento. Temos o entendimento, e o prefeito também nos deixou claro, que a diretriz é desenvolver uma nova matriz produtiva. Como vamos fazer? Com auxílio, ouvindo as entidades. Vamos precisar fazer um grande brainstorm do que podemos conjugar nessas ações para que a gente consiga, efetivamente, dar a volta nessa crise que tem brutalizado nossas empresas. 
  • Quais suas ideias para promover o desenvolvimento econômico do município?
    A secretaria tem um trabalho focado no desenvolvimento econômico, mas também em um trabalho social, por exemplo, tem programas já consagrados, como o Banco do Vestuário. Estamos tomando pé na secretaria de que ações podemos fazer com a estrutura pequena que temos e até que ponto nós podemos nos servir também da iniciativa privada para compor parcerias para que a gente consiga construir soluções para a comunidade. A parceria com o setor privado vai ser muito importante na secretaria.  
  • Já há parceria encaminhada com a iniciativa privada?
    Há um programa que vamos inaugurar no início do ano que auxiliará muito a iniciativa privada que é a Sala do Empreendedor. É algo que vai facilitar a relação com o setor empresarial, com os profissionais que poderão fazer abertura de empresas, todas as modificações necessárias para as empresas, perto da Secretaria do Urbanismo. A do Meio Ambiente é fora, mas a gente vai integrar de uma maneira com os servidores que podem fazer esse fluxo. É algo que vai congregar um trabalho de várias secretarias e vai possibilitar um benefício muito grande à comunidade empreendedora.  
  • A abertura da Sala do Empreendedor será a primeira ação do ano?
    É a primeira ação, que será feita no primeiro trimestre. Outras ações estamos estudando ainda. Assumimos na terça-feira e estamos em um momento muito embrionário para avaliar a estrutura do que podemos fazer. Não podemos abraçar tudo, mas faremos um planejamento também para 2019 e 2020.  
  • Cidades como Flores da Cunha e Farroupilha têm política agressiva de atração de empresas. Como Caxias pode ser atrativa também?
    O prefeito determinou uma diretriz para que sejamos uma porta de entrada para setores que querem se instalar em Caxias e daqueles que querem permanecer e não conseguem, às vezes, por questões burocráticas. Realmente precisamos de uma política definida de desenvolvimento para atração de novas empresas. Outras cidades fazem o quê? Oferecem terreno, isenção de IPTU, às vezes fazem modificações não muito claras na área ambiental. O que nós podemos oferecer: infraestrutura. Temos um trabalho muito forte com a Secretaria de Obras e com o (Secretaria de) Meio Ambiente para conseguir agilizar essas questões. O empresário que investe quer transparência, quer saber que o negócio dele vai poder ter seguimento na cidade se efetivamente souber no que está investindo, que licença ele vai precisar, que não vai ser interrompido no meio do processo por uma autuação. Nosso trabalho é de agilização. Além disso, o Plano Diretor prevê a possibilidade de um Plano Municipal de Desenvolvimento. São diversas ações que a gente pode transformar em regra. Temos uma dificuldade muito grande em novas atividades se instalarem. A ideia é enxugar o perímetro urbano, definir as potencialidades, possibilitar que empresas que estão na cidade se ampliem no perímetro urbano, que a proximidade das pessoas fique maior. Vai ser um marco para o desenvolvimento.  
  • O que vocês pensam como alternativa para a matriz econômica?
    Temos a percepção, e também as entidades nos colocam, que o ciclo que nos trouxe até aqui não é o que vai nos levar para o futuro. A economia vem mudando de uma maneira que está impondo ao próprio setor privado uma série de modificações e o poder público também vai ter de se atualizar e fornecer subsídios para que as atividades surjam e uma delas é a questão da tecnologia. É inovação tecnológica, startups que estão bombando em outras cidades. A gente precisa ter uma política de atração para essas empresas para que possam se desenvolver. A gente tem algumas ações como a incubadora tecnológica e a empresarial, mas ainda não são 4.0. Precisamos buscar uma política para atrair empresas de tecnologia. Isso é essencial, ao lado do setor de serviços, para modificar nossa matriz.
  • Como o turismo pode ser uma alternativa?
    O turismo vem sendo apontado, inclusive pelas entidades, com um excesso de roteiros muitas vezes desconectados de rotas que possam ser aproveitadas, com infraestrutura. (Precisa) A redução desses roteiros para centralização e a gente descobrir nossa vocação. Vamos ter um diálogo muito franco com a Secretaria do Turismo para identificar dentro dos recursos, que são escassos, quais mecanismos que temos para auxiliar o crescimento do turismo. 

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