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+ENTREVISTA

Garra para vencer 

Há 30 anos, analice carrer foi uma das fundadoras da anay fitas, empresa premiada e com planos de expansão

Mobirise



silvana toazza

silvana.toazza@pioneiro.com

Analice Carrer, 60 anos, é conhecida no meio empresarial por sua generosa contribuição a favor de entidades de classe de Caxias do Sul, tendo no seu currículo passagem por cargos importantes como os de presidente da CDL, Aanergs e Microempa.

Formada em Administração de Empresas pela UCS, a empreendedora foi uma das fundadoras, há 30 anos, da Anay Fitas, companhia reconhecida como uma das principais distribuidoras do país autorizadas da 3M para produtos industriais. Trabalha com 5 mil itens, como fitas, colas, películas adesivas, ferramentas pneumáticas, papel kraft e peças técnicas. Atende principalmente o mercado metalúrgico, moveleiro e alimentício, com ênfase no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

A mãe de Matheus Carrer Caregnato, 17, iniciou a empresa com quatro trabalhadores, identificando um promissor nicho de negócio e a oportunidade de empreender com o respaldo de uma marca reconhecida. A equipe, em três décadas, foi multiplicada por 17, chegando hoje a 70 profissionais, número que deve ser reforçado em 10% em 2018.

– Nossa maior motivação foi a garra e a vontade de vencer – declara a diretora.

A Anay Fitas não só deu certo – hoje ocupa 3 mil metros quadrados, na BR-116 –, como teve a família ampliada, com a abertura, em 2007, da filial de Porto Alegre. Receberá em março o Prêmio Destaque Nacional 2017 na categoria Distribuidor Especialista de Abrasivos da 3M, em cerimônia em São Paulo, repetindo o feito alcançado em 2016.

A seguir, entrevista com Analice Carrer, que revela os planos de expansão da empresa:

Felipe Nyland

Mobirise

motivação | Empresária possui amplo currículo, tendo sido presidente da CDL, Aanergs e Microempa

Mobirise

Estamos trabalhando para implantar um centro de distribuição em Santa Catarina entre o final de 2018 e o início de 2019

  • Qual foi o maior desafio em sua carreira?
    Iniciar o negócio em um mercado desconhecido e sem conhecimento dos próprios produtos. Para enfrentar esse desafio, contei com muita coragem, intuição, parceria e senso de empreendedorismo, pois sabia que estava diante de uma grande oportunidade. 
  • A crise econômica impactou no seu negócio?
    Somos uma empresa com forte atuação na Serra Gaúcha e, com a grande crise no setor metalmecânico, vimos nosso faturamento cair entre 2014 e 2015. Fomos afetados por pedidos de recuperação judicial, falências e pela inadimplência. 
  • Quais as estratégias para subverter as dificuldades?
    A primeira ação foi uma profunda análise dos processos e do sistema de gestão para identificar oportunidades para continuar trabalhando com qualidade e menores custos. Nossa mensagem aos colaboradores sempre foi de otimismo e fé para que, apesar das dificuldades da economia, a empresa continuasse firme e com base sólida. Outra forma de driblar as dificuldades foi buscando novos produtos e concentrando esforços nos clientes parceiros há vários anos. Dessa forma, conseguimos um bom resultado: crescemos 18% em 2017. 
  •  2018 chega mais otimista?
    Com certeza, 2018 chega com mais motivação e otimismo. Pretendemos crescer de 20% a 25%. 
  • Quais os planos de expansão no horizonte da empresa?
    Vamos modernizar a empresa, em especial o setor de conversão e refinamento de produtos, adquirindo novos equipamentos com maior capacidade de produção. Também alinharemos a equipe de vendas, interna e externa, direcionando um forte trabalho técnico em desenvolvimento de mercado. Estamos melhorando a relação custo-benefício e assim fidelizando nossos clientes. Com essa estratégia, intensificaremos a atuação no mercado do Rio Grande do Sul e ampliaremos a aposta em Santa Catarina, abrindo caminho para a implantação de um centro de distribuição naquele Estado, entre final de 2018 e início de 2019. 
  • Caxias do Sul é uma boa cidade para se investir?
    Caxias do Sul é uma cidade ainda viável para investir. O mercado metalmecânico, juntamente com o automotivo, atende diversos Estados e está em recuperação. A diversidade setorial é um fator positivo e agregador, pois fortalece toda a cadeia produtiva. Em nossa cidade, fabricamos de agulhas a ônibus. A soma desses fatores é uma porta aberta a inovações e oportunidades. 
  • Como manter a rentabilidade e tornar-se competitivo?
    Reduzindo custos, otimizando sistemas produtivos e buscando matérias-primas diretamente da 3M mundial, sem precisar passar pela 3M do Brasil, o que nos concede uma melhor negociação de preços e flexibilidade de compras, mantendo o valor associado à qualidade dos produtos. 
  • Quais as conquistas do setor e as grandes lacunas?
    As maiores conquistas desse setor são altos investimentos em pesquisa e inovação, a sustentabilidade e a oferta de um rol cada vez maior de produtos, que atendem aos mais variados setores da economia. Uma lacuna importante que ainda pode ser trabalhada por nossos setores de marketing e vendas é mostrar ao cliente o custo/benefício dos nossos produtos.  
  • Como ampliar a competitividade diante dos custos?
    O empresário brasileiro precisa ser visto como um gerador de trabalho e renda. Os altos impostos e a burocracia têm levado muitos empresários a desistirem de seus negócios ou à própria falência. Precisamos urgentemente de uma reformulação tributária em que todos passem a pagar justos impostos sem privilégios de uns em detrimento de outros. 
  • Como conseguiu se impor como liderança feminina?
    Na vida profissional, pessoal ou voluntária, aplico um trabalho bem feito e com excelência. Também destaco a determinação, a organização e a coragem como bases para o crescimento. Sempre busquei o aprendizado contínuo. Estar sempre se atualizando, interagindo com o novo, descobrindo caminhos e gerando oportunidades. Sou otimista, encaro o mundo e os desafios com coragem, honestidade e amor ao próximo.  
  •   Que dicas você daria a empreendedores?
    Para quem está iniciando, é preciso identificar o potencial do mercado que atingirá, conhecer bem o produto e ter um sistema de gestão estruturado. É fundamental estar atento às tendências mundiais no setor porque as mudanças são muito rápidas. E ter cuidado para separar custos da empresa dos pessoais. Muitas pequenas empresas fecham ou estão em dificuldades por não separarem a gestão financeira do negócio da vida familiar. E, por fim, trabalhar com capital de giro próprio, não dependendo de empréstimos com altas taxas, porque alguém vai pagar essa conta.

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