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03 DE dezembro DE 2018

+COMÉRCIO

Oportunidades de Natal

DECORAÇÃO, ARTESANATO E ALIMENTOS JÁ TRADICIONAIS GANHAM MERCADO TEMPORÁRIO

Mobirise



JULIANA BEVILAQUA
juliana.bevilaqua@pioneiro.com

FELIPE NYLAND

Mobirise

IMPULSO | Neca Calcagnotto já registrou aumento de vendas desde que montou a decoração natalina

Principal data para o comércio, o Natal movimenta todos os setores, desde vestuário até eletrônicos. Mas há um segmento que, obviamente, lucra somente nesta época: o de produtos natalinos. Decoração, artesanato e alimentação com motivos de Natal ganharam vitrines e prateleiras e ajudam a alavancar as vendas de final de ano.

Não há números nem expectativa de comercialização do segmento específico em Caxias. Mas a tendência é de que acompanhe o crescimento previsto para o setor, que é de 8% a 12% conforme o Sindicato do Comércio Varejista de Caxias do Sul (Sindilojas).

– Parece pouco, mas é bastante. O ano todo foi tímido, mas, passada a eleição, a confiança dos empresários e dos consumidores subiu – destaca Idalice Manchini, presidente da entidade.

Os percentuais ficam dentro do que a empresária Neca Calcagnotto já registrou de aumento desde que montou a decoração da loja para o Natal, em 1º de outubro: 10%. Na Raffinata, empreendimento que mantém com a mãe há 21 anos, há uma infinidade de opções para decoração. São árvores de Natal, guirlandas, presépios, papais noéis e utensílios para a mesa da ceia natalina, entre outros.

– As vendas estão bem melhores. O pessoal está mais animado. Todo mundo quer colocar uma guirlanda na porta para anunciar o Natal e um pinheirinho para receber as pessoas – conta.

O período, segundo Neca, provoca também um desejo de renovação na casa dos clientes que a procuram para comprar itens de decoração natalina. Acabam trocando outros objetos, como quadros, espelhos e louças, já que querem preparar a casa toda para o novo ano que se aproxima. Isso faz com que o período seja o melhor em vendas no ano.

Dos produtos de Natal que chegaram na metade do ano, cerca de 80% já foram comercializados. Uma nova remessa foi recebida na semana passada para garantir oferta para os atrasadinhos. Quem for à loja nesta semana encontrará novos produtos.

– Tem pessoas muito adiantadas, mas também as que deixam para a última hora – revela Neca, projetando para o ano que vem implantar e-commerce (comércio eletrônico) para a venda dos produtos de Natal. 








Produto adaptado à época é bom negócio

LUCAS AMORELLI

Mobirise

RENTÁVEL |  Virginia, da Vizzi Delícias, retira 30% do faturamento anual da época natalina

Por ser um mercado temporário, com tempo de duração máxima – geralmente de outubro até a véspera de Natal –, dificilmente alguém irá se dedicar exclusivamente a ele. O comum é, por exemplo, quem já trabalha com decoração ou produtos artesanais adaptar sua produção. Foi o que fez Virginia Maria Fedrizzi, dona da marca Vizzi Delícias, de Caxias.

Há três anos, ela produz pães de mel. Quando chega o final de ano, os doces recebem decoração especial e Virginia passa a produzir guirlandas (de pão de mel) e panetones também. A produção para o Natal deste ano começou na primeira quinzena de novembro e não parou. Há entregas previstas até 22 de dezembro.   

O negócio é rentável, garante Virginia. O período natalino representa, segundo ela, 30% do seu faturamento anual. Pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, a empreendedora mostra seu produto, aceita encomendas e realiza as vendas. Feiras como o Jardim de Natal, realizada na semana passada, também são formas de comercialização.

– Testamos vários formatos de distribuição. As encomendas e os eventos são o que trazem mais resultado. Na segunda-feira posterior ao Jardim, o telefone não parou de tocar – comemora.

Para o ano que vem, Virginia quer aumentar a presença da Vizzi em feiras e eventos. Ela planeja também uma linha especial alusiva à Festa da Uva. 

LUCAS AMORELLI

Mobirise

PÃES DE MEL | Decoração especial de doces quando chega final do ano




Também há espaço para artigos costurados à mão

LUCAS AMORELLI

Mobirise

SANTA PACIÊNCIA |  Aline Canani começa a produzir em julho

Papais noéis, presépios, bonecos de neve... tudo em feltro e costurado à mão, o que exige muita paciência. Daí o nome da marca de Aline Canani, de Caxias: Santa Paciência. Somente com muita para confeccionar peças de forma inteiramente manual e tão cheias de detalhes.

O trabalho começou como um hobby há cerca de seis anos. Os amigos gostaram e Aline começou a vender algumas peças. De repente, estava em feiras exibindo seus produtos. No último ano, investiu em páginas em redes sociais e cartão de visita para ampliar sua divulgação.

O Natal, sem dúvida, acabou sendo uma das melhores épocas do ano. Ela estima que o período representa 40% do seu faturamento anual.

– Nos primeiros anos, o carro-chefe era o presépio, vendia alucinadamente. Mas reparei que deu uma esgotada. Agora, então, fiz o minipresépio.

Neste ano, a produção começou em julho, e as vendas são feitas pelo Facebook e Instagram. Além das peças de Natal, ela tem notado a procura por outros produtos que possam servir de presente. Aline, que faz tudo sozinha, desde a escolha dos feltros até a venda e entrega, não pretende expandir o negócio. A filha auxilia nas postagens nas redes sociais.

– Não posso crescer, não quero. Se eu crescer, perco a minha característica. Quero continuar fazendo a peça que eu mostro. Tem um custo, sim. Para mim e para o cliente. Mas é uma peça que só ele terá.

LUCAS AMORELLI

Mobirise

PRESÉPIO |  Peça tem preferência e junta-se aos papais-noeis e bonecos de neve, em feltro e a mão





 

Crescimento de 3,6% nos supermercados

LUCAS AMORELLI

Mobirise

3º MAIS PREFERIDO |  Panetone já está vendendo mais do que no mesmo período do ano passado

O final de ano também é, tradicionalmente, o melhor período de vendas no setor alimentício. Para este ano, a expectativa de crescimento é de 3,6% no Estado em comparação ao ano passado, conforme a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Pesquisa encomendada pela entidade mostra que 92,3% dos consumidores gaúchos pretendem realizar compras em supermercados para a festa não só de Natal, mas de Ano Novo.

– Com o 13º salário, aí o Natal começa. As pessoas começam a pensar no final do ano – destaca Antônio Cesa Longo, presidente da Agas. A expectativa é de que R$ 13,7 bilhões sejam injetados na economia do Rio Grande do Sul a partir do pagamento benefício.

De acordo com o levantamento, as famílias gaúchas vão gastar, em média, R$ 330,59 em alimentos para as festas. O campeão de preferência no Natal para os gaúchos é a ave natalina. Para 13,8% dos entrevistados, não pode faltar na ceia. O panetone está em terceiro lugar, com 6,8%. A venda de “não-alimentos”, como brinquedos, eletrodomésticos e itens de bazar, também irá movimentar os mercados.

Em Caxias do Sul, a expectativa é mais otimista. O Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sindigêneros) projeta um crescimento de 4% a 5% em relação a 2017. As aves natalinas, que têm saída na véspera do Natal, devem ter aumento de vendas nessa faixa. O panetone já está vendendo mais do que no mesmo período do ano passado e registra, até agora, crescimento de 6%.

– Quando um ano é magro, como foi o ano passado, o outro é gordo. E a situação está melhor, mais estável – diz Eduardo Slomp, presidente do Sindigêneros, referindo-se ao clima de estabilidade.


NO SÚPER

Fonte: Agas

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