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10 DE dezembro DE 2018

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Cooperativismo – Quem duvida?

Mobirise


MÁRIO JOSÉ KONZEN

Presidente da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis

Há uma expressão que diz: só se ama o que se conhece. Se essa expressão for verdadeira, e levando-a para o cooperativismo, poderá fazer todo sentido também dizer que o maior concorrente desse segmento econômico e social é o desconhecimento. Essa afirmação se aplica quando formos buscar todas as razões e oportunidades contidas numa organização cooperativa, especialmente pelos valores e princípios observados.

Na história da humanidade, a cooperação é conhecida há muito tempo e em diversos grupos e etapas da civilização, que, pela união, encontravam a força para a superação de muitas dificuldades. Mas foi em 1844 que surgiu no mundo o atual modelo de organização e atuação cooperativista. Precisamente em Rochdale, Inglaterra, quando 28 tecelões tiveram essa ideia para solucionar ou mitigar tantas dificuldades que lhes eram impostas pela forma concentradora do capital, submetendo-os a uma verdadeira escravatura.

Desde então, nunca mais parou de crescer pelo mundo essa forma de organização econômica/social. A cooperação sempre oportunizou o desenvolvimento econômico e social entre os que a aderiram.

Comprovadamente, os dados apontam hoje que, onde tem cooperativas fortes, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) está significativamente acima da média. E nunca foi diferente. Se olharmos o início do cooperativismo no Brasil, em Nova Petrópolis, Capital Nacional do Cooperativismo, onde foi criada a primeira cooperativa financeira do Brasil em 1902, tendo à frente o padre jesuíta Theodor Amstad, podemos perceber excelentes resultados. Em seu discurso de convencimento, Amstad sempre destacava as mudanças que representariam a força de uma cooperativa para ser mediadora na aproximação do capital e trabalho e o consequente desenvolvimento da comunidade e geração de melhorias não somente para os envolvidos diretos, como também para todos no entorno. Está definida aqui a razão, o porquê, o propósito de se participar ou ingressar numa cooperativa.

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Onde tem cooperativas fortes, o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) está significativamente acima da média

Cabe também destacar que essa forma de união traz como benefício evitar o proveito do intermediário. Para melhor entendimento desse contexto, imaginemos a atividade bancária, que é necessária na vida da maioria dos cidadãos. Nesse caso, temos a opção de pagar os bancos para prestar o serviço para nós ou optar por uma cooperativa financeira, onde, como sócios, participamos da gestão, elegendo entre os associados responsáveis pela administração, além da real prática de preços menores. Os resultados são devolvidos na proporção em que os mesmos foram gerados, prática de ações e intervenções sociais, especialmente na parte da educação e, principalmente, pela atuação regional ao não exportar recursos financeiros, pois permanecem girando e gerando desenvolvimento e riquezas na região onde os associados moram e vivem suas atividades econômicas.

Ao contrário do que acontece nas instituições financeiras comuns ou capitalistas, que exportam para regiões distantes, passando os recursos a fazerem falta onde os poupadores residem e desejam que haja melhorias. Assim também acontece em outros ramos. E temos muitos exemplos práticos, como cooperativas de taxistas, onde eles escolhem se reunir em cooperativa e ter o seu próprio posto de gasolina, em vez de comprar de um intermediário. Imagina-se a redução de custo! Isso entre tantos outros exemplos pelos Brasil e mundo afora.

Voltando à frase inicial, desejo que possa haver alguma reflexão e busca para um melhor entendimento da força contida quando pessoas se unem num objetivo comum. Na união, despontam inúmeras oportunidades de ganhos econômicos, de descentralização de capital e, especialmente, da capacidade que este encontro de “muitas pequenas pessoas, em lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, tem de mudar o mundo” (provérbio africano). Para isso, basta procurar conhecer projetos sociais desenvolvidos por cooperativas na região, como Sicredi Pioneira, Sicredi Serrana, Nova Aliança, Cooperativa Piá e outras.

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