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“Somos uma empresa de
oportunidades” 

diretor jaime andreazza e os irmãos transformaram grupo no terceiro maior empregador de Caxias

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SILVANA TOAZZA
silvana.toazza@pioneiro.com

Nada passa incólume por ele. Checa a qualidade dos legumes que chegam, reclama se a limpeza do supermercado não é a ideal, confere a validade dos artigos de padaria e percebe se algum guichê está com problema só olhando para o tamanho da fila.

Ele é detalhista e perspicaz nos negócios. Jaime Andreazza, ex-presidente do Sindigêneros de Caxias e sócio-proprietário da rede de supermercados Andrezza ao lado dos irmãos Vitor, Mauro e Marcos, tem tino e ousadia para empreender.

Transformou o armazém fundado pelos pais, há 48 anos, num conglomerado hoje composto por 32 supermercados, sendo 27 da marca Andreazza, incluindo o recém adquirido Super CaJu, situado no bairro Esplanada, e outros cinco da bandeira Vantajão, comprada em junho de 2016. Com isso, elevou a rede à posição de terceira maior empregadora de Caxias, só atrás de Marcopolo e Randon.

O grupo Andreazza emprega 2,7 mil funcionários. Além de Caxias do Sul, está presente em Flores da Cunha, Farroupilha, Bento Gonçalves e Carlos Barbosa. Avesso à exposição, o diretor da rede, Jaime Andreazza, 56 anos, concedeu entrevista exclusiva ao Pioneiro:

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olhar aguçado Jaime Andreazza não descuida dos detalhes, pois diz colocar-se no lugar do cliente

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Estamos com projetos em estudo e sempre avaliando o mercado

  • Pioneiro: De que forma a crise econômica interferiu no setor supermercadista?
    Jaime Andreazza: A crise mostrou os reflexos no setor de dezembro em diante. O consumidor está mais básico, substituindo produtos mais caros por similares mais em conta, desde a área de iogurtes até carnes. O foco continua sendo a cesta básica, o necessário, de marcas mais acessíveis. 
  • Quais as estratégias para enfrentar o momento? 
    Se está difícil para o grande, imagina para o pequeno. Estamos fazendo ofertas estratégicas, adotando táticas para a redução de custos e diminuindo a margem de lucro, ganhando mais no volume. O pessoal está sem dinheiro. 
  • Que cidades ou redes estão na mira do Andreazza hoje?
    S
    omos uma empresa de oportunidades. Temos projetos, mas em fase de estudo. Estamos sempre avaliando o mercado, mas não é estratégico falar antes dos contratos fechados. 
  • A rede Andreazza é muito assediada por empregos?
    Recebemos 8 mil currículos desde o começo do ano só físicos, fora os encaminhados pelo site. Cresceu muito a quantidade de currículos em relação a 2013, antes da crise. A expansão da empresa e o rodízio natural garantem a contratação média de 80 empregados ao mês, sendo cerca de 800 entrevistados para essas vagas. Temos o orgulho hoje de acolher 136 menores aprendizes e 106 PCDs (pessoas com deficiência).   
  • Como o grupo nasceu?
    Na década de 1960, meu pai (Orlando Pedro Andreazza) atuava como pedreiro e minha mãe (Terezinha) cuidava da horta e produzia alimentos coloniais, que eram revendidos à vizinhança. Com o passar dos anos, em função da proximidade com os pavilhões da Festa da Uva, perceberam a oportunidade de inaugurar um pequeno armazém. O negócio conquistou o público, cresceu até tornar-se o que é conhecido hoje como Super Andreazza Pioneiro.  
  • Que valores herdou dos pais?
    A importância do trabalho e a capacidade para empreender. Quando criança, eu e meus irmãos precisávamos de dinheiro para uma viagem na escola, e minha mãe disse: “dinheiro eu não tenho, mas, se quiserem, podem colher radicci na horta, embalar em maço e vender. Se conseguirem, o dinheiro é de vocês”. Fizemos isso e, no mesmo dia, já tínhamos o dinheiro.  
  • A rede Andreazza preocupa-se com estoques altíssimos. Isso não significa custos extras?
    Para nós isso nunca funcionou, de trabalhar com pouco estoque. Tem de ter produto. Hoje temos estoque de não-perecíveis que daria o equivalente para abastecer todas as nossas lojas por 43 dias. Só na unidade do Kayser, são 2,3 mil posições de palets no estoque. 
  • Quem vende ao Andreazza tem uma boa garantia de giro de mercadoria, não é?
    Sim, até porque a rede prioriza a compra de produtos de fornecedores locais, com procedência garantida e controle de qualidade, o que ajuda a impulsionar a economia da região.

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