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Recuperação é a palavra

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RAFAEL RIHL TREGANSIN
Diretor de Assuntos Imobiliários do Sinduscon Caxias e Membro do Conselho de Administração da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)

Recuperação! Esta é a palavra do momento. Cantada em verso e prosa, é o que mais se busca. Há um anseio para que os brasileiros recuperem o que tiveram antes e perderam, que não foi pouco, e com o que se acostumaram.

Não se trata da primeira e única fase difícil pela qual o país passa. Muitas a antecederam. Para ficar nas mais recentes, lembramos do período de 1980 até meados da década de 1990, caracterizado pela inflação galopante e pelos planos econômicos heterodoxos que prometiam resultados milagrosos em curto espaço de tempo. A esse longo período seguiu-se o Plano Real, que trouxe estabilidade econômica, mas não nos livrou de crises como a cambial, em 1998, a de confiança, em 2002, e a internacional, de 2008. Cada uma representou, na época em que aconteceram, o pior dos mundos. Todas foram superadas a seu tempo, com o devido esforço de cada um e do conjunto da sociedade.

A crise atual tem sido caracterizada como a mais aguda de todos os tempos. De fato, ela traz consigo fatores que a tornam mais impactante por não ser apenas econômica, mas política, moral e ética. Associados ao grande número de desempregados, ao fechamento de empresas e postos de trabalho vemos, todos os dias, denúncias de corrupção, desvios de recursos, tráfico de influências, e experimentamos em nosso cotidiano a insegurança quanto ao ir e vir, à integridade física e ao futuro. O somatório desses fatores gera a sensação de que a saída está muito distante e minam o que mais precisamos para revertermos o quadro: a confiança.

Neste momento, confiança é fundamental. Não em um governo, não em um ídolo. A confiança em nós mesmos. A convicção de que somos maiores do que qualquer obstáculo que se apresente em nosso caminho. De que somos um país rico não apenas em recursos naturais, mas principalmente em recursos humanos. Somos um povo com grande capacidade de trabalho, tanto físico como intelectual. Não somos inferiores a ninguém. Somos diferentes, talvez mais resilientes, mais alegres, menos belicosos, mas jamais menos capacitados.

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Neste momento, confiança é fundamental. A confiança em nós mesmos. A convicção de que somos maiores do que qualquer obstáculo

Encontramos, na construção civil, muitos motivos para afirmar, com segurança, que nos sobra capacidade para trabalhar e superar as dificuldades. Todos sabem que se trata de um setor peculiar, com características de indústria e de prestação de serviços, caracterizado por uma produção ainda muito artesanal e formado por profissionais com as mais diversas formações e qualificações. Difícil imaginar um segmento mais heterogêneo entre as pessoas que o compõem. No entanto, todos que fazem parte dele, do trabalhador do canteiro de obras, passando pelos engenheiros, arquitetos, corretores de imóveis e chegando aos empresários, já perceberam que a forma como se construía e se negociava não serve mais para a realidade e o mercado de hoje. Faz-se necessário maior profissionalismo, mais planejamento, adesão e implantação de novas ferramentas tecnológicas, processos construtivos adequados à realidade, além da indispensável necessidade de meios mais estáveis e perenes de financiamento da produção e de novos empreendimentos.

A associação do momento de crise atual com a necessidade de uma reengenharia no segmento poderia acarretar uma apatia generalizada, desesperança e a paralisação geral do setor. Felizmente, isso não se verifica! Ao contrário, o que se percebe é o entusiasmo em buscar os meios necessários para que sejamos mais produtivos, mais rentáveis e mais eficazes. A construção civil, que confia em si para superar seus desafios, é apenas uma parte da imensa economia do país. A confiança que nela persiste está presente, também, nos demais segmentos. Parando de sufocá-la e deixando-a florescer, vamos vê-la estampada nos olhos e nas ações dos brasileiros e vamos nos surpreender com o quanto somos bons, qualificados e capazes.

A confiança não fará as dificuldades e desafios desaparecerem, mas tornará mais leve e mais fácil a recuperação econômica e social pela qual estamos lutando e haveremos de conquistar com vistas a um novo ciclo de crescimento e de geração de riqueza.

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