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+ENTREVISTA

Turismo,caminho de união

Vicente perini filho assumiu presidência do sindicato de gastronomia e hotelaria para a gestão 2018/2021

Mobirise



silvana toazza

silvana.toazza@pioneiro.com

Vicente Homero Perini Filho está há 22 anos à frente do Quinta Estação, complexo de eventos e restaurante situado em construção emblemática de 1957, no bairro Exposição.

Embora tenha de entregar até 2019 o consagrado espaço, que transformara o negócio em “uma chácara dentro do Centro”, o empresário de 52 anos garante: manterá o Quinta Estação e seu know-how em gastronomia e eventos em nova moldura, cujo ponto ainda está em fase de captação e análise.

– Teremos de nos recriar – sintetiza Perini.

Além de garimpar parcerias e se reinventar para seguir nesse vitaminado mercado, o empresário começou o ano com um novo desafio: assumiu a presidência para a gestão 2018/2021 do Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho (Segh).

Essa entidade, ao abranger 2 mil associados em 19 municípios, tem um papel de protagonista por aglutinar forças de segmentos que convergem no turismo, filão que precisa ser cada vez mais explorado por Caxias e pela Serra, como forma de diversificar a matriz econômica.

Com cursos na área de gastronomia, gestão e coaching e casado com Simone De Antoni Perini, o empresário é pai de Arthur De Antoni Perini, 17 anos. A seguir, trechos da entrevista com Vicente Perini Filho:

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No comando |Há 22 anos à frente do Quinta Estação, empresário busca nova estrutura para 2019

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Monte seu plano de negócio temperado com conhecimento, trabalho, profissionalismo, associativismo e amor

  • Qual o principal desafio à frente do sindicato? 
    Dar continuidade ao trabalho das diretorias que me antecederam, defender e valorizar os associados e buscar benefícios para as empresas representadas, seja da gastronomia, hotelaria, bares ou casas noturnas nos 19 municípios da nossa base sindical. Também buscaremos implementar o Departamento de Relação com o Mercado, com o objetivo de aproximar associados, fornecedores e parceiros, além de propiciar acesso a informações relevantes e qualificação para o empresário e suas equipes. Também estão em pauta dar suporte ao Segh Jovem (criado em abril de 2017) e enaltecer os 70 anos do Segh (a serem comemorados em agosto de 2018). E, principalmente, atuar de forma associativa, unindo forças, ressaltando que juntos sempre seremos mais fortes. 
  • Quais as conquistas e as grandes lacunas do setor de gastronomia da Serra? 
    A valorização e a diversidade gastronômica na última década são as grandes conquistas. E o turismo se apresenta como uma oportunidade para todos da região. Uma das principais lacunas é a mão de obra, principalmente por trabalharmos em finais de semana e feriados. Outra lacuna que pode ser melhorada é a divulgação, há muito por mostrar. E, novamente, a burocracia e a carga de impostos aparecem como grandes entraves. 
  • O mercado de gastronomia e eventos foi menos impactado pela crise econômica? 
    Foi amplamente impactado pela crise, chegando ao fechamento de alguns estabelecimentos. A população está insegura, pensa mais antes de investir. A mudança de comportamento trouxe um tíquete médio mais baixo no almoço. Houve ainda a diminuição das saídas com a família e os amigos, principalmente à noite. Quando se realizam festas, o tamanho é bem menor, e recebemos reservas com menos prazo. Percebemos que 2018 começou um pouco mais otimista, mas nossa avaliação é de que a mudança de comportamento, principalmente em eventos, se mantém. 
  • Como Caxias do Sul, a exemplo de Bento Gonçalves e de Gramado, pode melhorar a questão turística? 
    Primeiramente, é necessário que haja união, humildade e respeito para traçar o caminho. Em segundo lugar, incentivo da gestão municipal, para que, junto com entidades envolvidas e empresários, possamos retomar o turismo de lazer e fortalecer o filão de negócios e eventos em Caxias. Assim, não só a hotelaria e gastronomia ganham, mas toda a comunidade. 
  • De que forma o setor pode se unir? Os empresários ainda se veem como concorrentes?
    A concorrência é fato, mas o empresário percebe que há momentos em que a união faz a força. Acredito que o associado é parceiro nessa caminhada, inclusive já acontecem encontros para a troca de ideias na busca de soluções para o setor de gastronomia, hotelaria, bares e também do turismo. O Segh estimula e apoia essa participação coletiva e a troca de experiências. Sabemos que há muito trabalho e que ninguém faz nada sozinho. 
  • Caxias há muito tempo deixou de ser a cidade da pizzaria e do galeto para incorporar restaurantes de variadas especialidades. Há uma mudança de cultura? 
    Essa diversidade gastronômica na última década é fato. Estamos em movimento, afinal, a cultura é dinâmica. Caxias, uma grande cidade, vem sofrendo alterações ao longo do tempo, resultado de influências internas e de outros países. Há uma mudança de cultura. 
  • O horário ainda pouco elástico de fechamento dos restaurantes poderia mudar ou o movimento por conta dos hábitos de consumo torna essa opção inviável? 
    A oferta é reflexo da demanda. Hoje existe em Caxias e região restaurantes e casas de lanches abertos em horário estendido, essa organização ocorre de acordo com a demanda. Se essa crescer, os horários poderão ser alterados. Já percebemos mudanças, mas temos de lembrar que é um negócio e depende do equilíbrio financeiro. Como entidade, precisamos intensificar a divulgação dos horários de atendimento das empresas associadas. Sempre há algo aberto. 
  • Como você avalia o mercado de eventos? 
    Quanto a casamentos, formaturas e aniversários, a demanda está boa e existem vários locais na região que acolhem esses segmentos. Percebe-se, porém, que a captação de feiras, congressos, fomentando esse mundo corporativo, dos negócios, aumentaria as oportunidades para todos. Em Caxias, acredito que falte um espaço para eventos de grande porte. 
  • 2018 será melhor para a gastronomia e a hotelaria?  
    Existe, sim, uma tendência de melhoria. Tanto na hotelaria quanto na gastronomia, segundo alguns relatos de associados, o ano começou melhor. Quem está se sobressaindo, principalmente, é Bento Gonçalves. Mas outras cidades, como Farroupilha, Carlos Barbosa, Monte Belo do Sul, Flores da Cunha, Vila Flores, Veranópolis, Nova Prata e Garibaldi, vêm chamando a atenção de investidores. Caxias do Sul em breve terá mais dois hotéis, das redes Dall’Onder e Personal, e vários espaços gastronômicos abriram ou ampliaram nos últimos tempos. 
  • Como agregar valor, oferecer serviços qualificados e manter o preço competitivo? 
    A entidade busca ampliar os convênios para priorizar a qualificação dos empresários, seja na gestão das casas ou na oferta de serviços. Mas há de se registrar a ginástica, para manter seus negócios, que o empresariado vem praticando é um milagre, principalmente nos últimos tempos. Os custos triplicam, e o mercado, diante dessa crise, não aceita reajustes. O foco está em estimular a profissionalização, observando tendências. 
  • Que lições daria a um jovem empreendedor? 
    Estudar muito, conhecer o segmento no qual deseja atuar. Avaliar a localização, o produto, levando em conta o nível de saturação, considerar o tempo de retorno para o investimento. Enfim, montar seu plano de negócio temperado com conhecimento, trabalho, profissionalismo, associativismo e amor.

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