Poucos jovens à frente das propriedades rurais, diminuição no número de estabelecimentos agropecuários, expansão do uso de agrotóxicos e aumento na produtividade. Essas são algumas das situações vivenciadas no campo ao longo da última década e que foram evidenciadas a partir da publicação dos dados preliminares do Censo Agropecuário 2017, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A edição anterior do levantamento tinha sido realizada em 2006.
O cenário atual no conjunto dos 49 municípios da Serra, inseridos dentro dos Coredes Campos de Cima da Serra, Hortênsias e Serra, se assemelha em diversos pontos à situação geral do Rio Grande do Sul. O coordenador operacional do Censo Agropecuário no Estado, Luís Eduardo Puchalski, define como um dos pontos mais preocupantes o envelhecimento da população rural gaúcha, situação que é ainda mais acentuada na região serrana.
– O percentual de produtores com idade avançada já era alto em 2006 e a situação se agravou mais. Uma das hipóteses para a redução na quantidade de estabelecimentos é o envelhecimento da população rural – aponta Puchalski.
Por outro lado, o coordenador lembra que um dos pontos mais positivos no Estado, incluindo a Serra, é o aumento no uso de tecnologia. Neste sentido, os produtores investiram mais na aquisição de equipamentos, como tratores, e em melhorias nas propriedades, como a instalação de sistemas de irrigação. Essa situação foi facilitada pelo farto crédito disponível até alguns anos atrás.
Confira qual o panorama na agropecuária na Serra em sete aspectos, segundo os dados do Censo realizado pelo IBGE.
Compartilhe