FERNANDO SOARES
fernando.soares@pioneiro.com
Os gastos durante as festas de final de ano e os primeiros boletos que chegam após a virada no calendário tornam o início de 2019 desafiador para muita gente, do ponto de vista das finanças pessoais. O período é conhecido por concentrar parte das despesas mais expressivas da temporada, como o pagamento de IPTU, IPVA, materiais escolares, seguros, entre outras faturas. E isso tudo se soma às contas corriqueiras, entre elas água, luz e cartão de crédito.
Para dar conta dos gastos, o economista Carlos Wanderlei da Silva, especializado em finanças pessoais, recomenda que o planejamento comece com antecedência. Segundo ele, o ideal é somar os gastos previstos para o início do ano seguinte e ir poupando no decorrer da temporada de forma fracionada. Ou seja, para pagar as contas de 2019, a pessoa deveria ter realizado em 2018 uma estimativa do montante que precisaria, dividiria por 12 e em cada mês juntaria uma fração da quantia. Assim, no início deste ano, o montante estaria garantido.
No entanto, Silva reconhece que a maioria das pessoas não cria esse colchão financeiro com antecedência. Nestes casos, a recomendação é por priorizar aquelas contas que oferecem a possibilidade de descontos maiores, como o IPTU, que em Caxias pode ser quitado com até 15% de desconto, e do IPVA, que pode gerar um abatimento superior a 20% dependendo do motorista.
– Se não há caixa para tudo, o importante é pagar aquelas contas que geram desconto maior e um menor custo (com encargos) – reforça.
Além disso, o economista recomenda que as famílias criem o hábito de fazer, em conjunto, o controle das finanças da casa. Um primeiro passo é listar todas as despesas em uma planilha e reunir esposa ou esposo e filhos para fazer o acompanhamento periódico. A partir daí, é possível ver onde se pode cortar gastos e planejar investimentos, de preferência com pagamento à vista.
– A compra parcelada é uma armadilha. Se possível, evite. Hoje a pessoa compra uma geladeira com parcelas de R$ 70 e dali alguns meses compra uma televisão com parcela de R$ 80 e se esquece da prestação da geladeira – argumenta.
Caso a pessoa entre no cheque especial, a dica é tentar renegociar a dívida. Como os juros do cheque especial ficam na faixa de 12% a 14% ao mês, uma alternativa pode ser a obtenção de empréstimo no banco com juros menores. Ainda assim, alerta Silva, a renegociação deve vir acompanhada de uma contenção nos gastos futuros. Só assim é possível voltar ao azul.
Para que você não entre no vermelho e possa organizar seu orçamento em 2019, o Pioneiro listou em um calendário as datas de vencimento dos principais compromissos do ano. Na relação, foram incluídas as principais datas festivas, feiras e eventos de negócios que ocorrem na região em 2019, que também acabam gerando despesas extras no decorrer do ano.
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