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21 de maio de 2018

+ CASAMENTO

O céu é o limite

Não há valor mínimo nem máximo para cerimônias, mas R$ 40 mil é a média para festas com 200 pessoas

Lucas Amorelli

Mobirise

realizando um sonho |  Márcia e Anderson casam dia 26, planejaram custos e irão gastar entre R$ 55 mil e R$ 60 mil

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JULIANA BEVILAQUA
juliana.bevilaqua@pioneiro.com

O próximo 26 de maio será especial para Marcia Menegotto, 34 anos, e Anderson Bonatto, 31. Os noivos de Caxias do Sul sobem ao altar para selar a união que começou há quase três anos. A escolha pela data não tem nada a ver com maio ser considerado o mês das noivas. O motivo é outro: os dois são devotos de Nossa Senhora de Caravaggio. 

Será uma cerimônia católica tradicional em Otávio Rocha, na igreja de Nossa Senhora de Caravaggio, claro. A festa será realizada no grêmio esportivo da localidade, no interior de Flores da Cunha. No cardápio, a comida típica dos almoços de colônia. Tercinhos com a medalha de Nossa Senhora de Caravaggio e orações no dialeto (com tradução), feitos pelo próprio casal, serão distribuídos aos 230 convidados como lembrancinha da noite que promete ser mágica. Os noivos também darão show na pista de dança com uma “‘valsa moderna”.

É a realização de um sonho que a auxiliar de RH e o agricultor planejam, com o auxílio de um cerimonialista, desde janeiro do ano passado. Mas esse sonho tem um custo. As planilhas ainda não estão fechadas, mas o casamento deve custar entre R$ 55 mil e R$ 60 mil.  

Márcia e Anderson fizeram 10 aulas de dança em uma escola especializada em atender a noivos. Conforme Paulo Rodrigues, dono do estabelecimento, um pacote de 12 aulas custa entre R$ 1,2 mil e R$ 1,8 mil. 

– O orçamento inicial era um pouco menor, mas chega nos detalhes e tu queres o melhor: uma cadeira mais confortável, uma mesa maior – explica Anderson.

Como o casal programou a cerimônia com antecedência, o valor não deve ficar tão pesado, segundo Márcia.

– A gente se planejou para estar tudo pago no dia do casamento.

Dentro da média 

Responsável pela organização e cerimonial do casamento de Márcia e Anderson, Sidnei Staudt diz que o valor gasto pelo casal é a média do custo dos casamentos para a quantidade de convidados dos dois. Mas claro que o preço pode subir dependendo dos desejos dos noivos.

– Um casamento para 200 pessoas fica na casa dos R$ 40 mil. Mas o céu é o limite – diz Staudt.

Não há dados oficiais de quanto o mercado de casamentos movimenta na economia caxiense. No ano passado, 1.615 casamentos civis foram realizados em Caxias, conforme dados fornecidos pelos cartórios da cidade. Na Igreja Católica, foram 327 matrimônios, de acordo com a Diocese de Caxias do Sul. Em um levantamento feito pela reportagem com cinco cerimonialistas, pelo menos 83 festas foram realizadas em 2017, num gasto total aproximado de R$ 5 milhões.

Conforme pesquisa da Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta), festas e cerimônias – que incluem, além de casamentos, formaturas e festas de 15 anos – movimentam no Brasil R$ 17 bilhões. Em 2017, a estimativa de gastos na Região Sul do país era de R$ 3 bilhões. O Sul, aliás, é a terceira região do país com o maior número de casamentos no último ano.

– Tenho percebido o mercado aquecido, considerando que cada evento necessita de um tempo de maturação de no mínimo seis meses. Um casal de noivos pode investir a partir de 30 mil até o infinito – avalia Marcele Pulita, cerimonialista.

Em Caxias

Fontes: IBGE, cartórios de Caxias e
Diocese de Caxias do Sul.
* O cartório de Ana Rech não forneceu os dados de casamentos em 2017.

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Mini-wedding é tendência

SILAS ABREU, DIVULGAÇÃO 

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Kelen e francisco |  Apenas para as famílias

No dia em que completaram sete anos de namoro, os engenheiros Kelen Besutti, 34, e Francisco Ricardo Maraschin, 38, trocaram alianças na Capela Nossa Senhora do Rosário, em Ana Rech. A cerimônia, em 5 de maio, teve tudo o que um casamento tradicional tem direito, mas em um formato diferente.

O casal optou por um mini-wedding, que reuniu 22 pessoas: mães, pais, avós e irmãos. Eles casaram pela manhã e ofereceram um almoço para os convidados. Mini-wedding é um estilo de casamento mais intimista, o que tem como principal característica a diminuição do número de convidados em relação a um casamento convencional.

– A gente queria algo simples, para nós, com a nossa cara, com as pessoas que realmente fazem a diferença na nossa vida – explica Kelen.

Para realizar a celebração, o casal desembolsou R$ 14 mil, gasto considerado adequado para a ocasião.

– Eu não fazia ideia de valores, mas não teve nenhum gasto exorbitante – avalia.

O mini-wedding foi organizado pelo cerimonialista Rogério Aver Pizzolatto, que tem notado a preferência dos noivos pelo formato. Segundo ele, a redução nos custos pode chegar a 50% em relação a um casamento tradicional à noite.

– O vestido é mais simples, se leva menos tempo no salão – exemplifica. 

Já a cerimonialista Caroline Polly garante que o custo do casamento vai depender muito dos itens escolhidos pelo casal:

– Não tem valor diferenciado, porque num mini-wedding pode ter um champanhe que vale o triplo do valor do oferecido em um casamento grande. 

Caroline Polly trabalha com uma média de gasto de R$ 500 por pessoa em cada cerimônia.

Planejar é fundamental

GUSTAVO VANASSI, DIVULGAÇÃO  

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tradicional | Tanara e Elisson festejaram união com 300 convidados após 18 meses de planejamento

Casar exige planejamento. No caso da fisioterapeuta Tanara Bianchi Ferraz e do engenheiro mecânico Elisson da Silva Ferraz, ambos de 30 anos, foi um ano e meio pensando o grande dia. Para o casamento realizado em 29 de abril do ano passado, o casal fez questão da celebração religiosa.

– A cerimônia foi na Igreja de Lourdes, que para nós era o mais importante, porque somos muito católicos – conta Tanara.

Os dois não abriram mão também de uma grande festa para comemorar a união. Trezentos convidados celebraram ao lado do casal durante 12 horas, com direito a banda ao vivo, um desejo de Tanara e Elisson. Os custos da cerimônia e da festa foram ficaram na casa dos R$ 90 mil.

Presidente da Abrafesta (Associação Brasileira de Eventos Sociais), Ricardo Dias destaca que o planejamento inclui o auxílio de um profissional do ramo. Com tantos fornecedores e orçamentos diferentes, o cliente pode ficar confuso e acabar caindo em roubadas.

– Não tem como fazer por conta. O conhecimento e a experiência de um cerimonialista são muito importantes. E tem que contratar alguém com mais de cinco anos de experiência, com CNPJ, empresa aberta, nome limpo – aconselha o presidente da entidade.

Check List

A pedido do +Serra, a cerimonialista Marcele Pulita elaborou uma lista do que um casamento tradicional precisa ter com valores aproximados para cada item. 

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Financeiramente,
julho é melhor

marcelo casagrande

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cerimônia |  Ideal é que noivos planejem a festa com ajuda de especialista

Considerado o mês das noivas, maio tem perdido espaço para outros meses do ano. O motivo na Serra é óbvio: o clima. Para fugir do frio e da possibilidade de chuva, os noivos têm escolhido datas na primavera e no verão, principalmente se o casamento for de dia, uma tendência, conforme a cerimonialista Daniela Camargo.

– Cada vez mais as pessoas têm optado por casamentos menores e diurnos – diz.  

Mas não é só a temperatura que influencia. O bolso também conta, principalmente onde o inverno não é tão rigoroso. Quem não se importa com o frio, pode arriscar casar em junho ou julho e economizar.  

– A escolha pela data vem se ajustando à vida financeira das pessoas. Julho tem sido muito melhor (financeiramente) para casar do que maio e dezembro. Se tem menos procura, é mais barato. É a lei da oferta e da procura – destaca Ricardo Dias, presidente da Abrafesta.  

Gramado

Abre no dia 1º de junho, em Gramado, o espaço temático “Casamento dos Sonhos”. A novidade vai proporcionar uma cerimônia ao estilo Las Vegas. Será possível, por exemplo, casar em uma linda capela, tendo como anfitrião o cover do cantor 

Elvis Presley, ou celebrar a união em uma carruagem, no estilo Cinderela.

Dicas para evitar golpes

Fonte: Abrafesta

  1. Certifique-se de que a empresa está devidamente constituída, ou seja, possua contrato social, CNPJ, inscrição municipal ou estadual ativos.
  2. Fique atento se a empresa possui todos os alvarás e licenças necessárias para a prestação do serviço oferecido, como alvará de funcionamento, licença do Corpo de Bombeiros e demais licenças exigidas.  
  3. Faça um breve levantamento na internet com o objetivo de identificar se a empresa contratada possui ações judiciais.  
  4. Pesquise outras festas, verificando com o contratante se tudo que acordou foi cumprido.  
  5. Verifique possíveis reclamações em canais oficiais de auxílio ao consumidor, procurando entender o que houve e a solução proposta pela empresa.

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