LUCAS AMORELLI
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FERNANDO SOARES
fernando.soares@pioneiro.com
Enquanto rola a bola na Rússia, a economia caxiense tem sua rotina alterada pela Copa do Mundo de futebol. O evento acaba trazendo impactos para o bem e para o mal. Enquanto alguns nichos, como gastronomia e o comércio de artigos esportivos e de eletroeletrônicos, conseguem ampliar o faturamento em função do jogos, uma série de segmentos acaba sofrendo com a queda na demanda. A indústria, o setor de serviços e boa parte dos lojistas optam por interromper as atividades ou, se abrem as portas, veem os clientes sumirem durante as partidas.
No comércio de rua, as lojas devem manter seus horários habituais, conforme aponta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias do Sul (CDL Caxias), Ivonei Pioner. No entanto, a tendência é de que os estabelecimentos fiquem praticamente vazios durante os horários de jogos da seleção brasileira.
– Nos dias de jogos do Brasil, a Copa faz com que as pessoas diminuam o trânsito pela cidade. Isso acaba prejudicando as vendas – afirma o dirigente.
Já a presidente do Sindilojas Caxias, Idalice Manchini, lembra que os shoppings optam por fechar as portas durante os jogos, voltando a abrir somente após o apito final. Como as partidas do Brasil na primeira fase ocorrerão às 9h e às 15h, haverá dias em que praticamente não se trabalhará em um turno inteiro. Se a equipe de Tite chegar até a final do campeonato, outras quatro datas ficarão comprometidas.
Sindilojas e Sindicomerciários fecharam um acordo para a compensação de horas para aquelas empresas que optarem por liberar os funcionários durante as partidas.
Após a greve dos caminhoneiros, que chegou a paralisar a produção na indústria por até seis dias em função da falta de matéria-prima, as fábricas não cogitam parar durante as partidas. O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs), Reomar Slaviero, ressalta que cada companhia é livre para definir o planejamento, mas constata que a maioria delas seguirá com as atividades normalmente.
– Muitas empresas fizeram pesquisas com seus funcionários, mas viram que não há tanta empolgação. Não há muito interesse agora, mas, de repente, isso pode mudar, dependendo do andamento da Copa – diz.
Já no setor de serviços, boa parte dos profissionais deve parar parcialmente. As escolas, por exemplo, devem liberar os alunos no meio da manhã ou da tarde, dependendo de cada jogo.
– Certamente a maioria dos prestadores de serviços vai optar por acompanhar os jogos. Há um impacto na produtividade dos profissionais – define Maristela Chiappin, vice-presidente de Serviços da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC).
A dirigente recorda que a interrupção durante a greve dos caminhoneiros, as pausas durante a Copa e as eleições, em outubro, são os três eventos que mais devem impactar a atividade econômica neste ano.
LUCAS AMORELLI
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Nem todo o comércio acaba perdendo receita com a Copa do Mundo. Para alguns segmentos, o evento esportivo é uma oportunidade de elevar o faturamento e representa uma das principais datas de vendas no ano. O clima gerado pela competição acaba beneficiando, por exemplo, as lojas de artigos esportivos.
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