FERNANDO CORRÊA
especial
Você é do tipo que vai ao supermercado todos os dias ou uma vez por mês e abarrotam a despensa? Compra sempre as mesmas marcas, sem se importar com o preço, ou escolhe o produto mais barato? Seja qual for seu estilo, há oportunidades de poupar – mas é necessário parar e refletir sobre seus hábitos de consumo.
– Deve-se ter cuidado com quantas vezes se vai ao mercado. Se vou todo dia porque o pão é mais barato, a chance de comprar outras coisas, anulando a vantagem, é maior – avisa Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira dos Educadores Financeiros (Abefin).
Confira 10 dicas de economistas, consultores e educadores financeiros para comprar melhor nos supermercados.
Hortaliças, frutas e ovos tendem a custar menos no comércio de rua. Segundo Claiton Colvelo, técnico encarregado do setor de Análise e Informações da Ceasa, a concorrência entre os feirantes é a “concorrência perfeita”: muitos vendedores com o mesmo produto e muita gente querendo comprar.
– A tendência é de que se baixe o preço e melhore a qualidade – avalia.
Nesse cenário, também ocorrem ofertas de vegetais mais “feios”, mas igualmente nutritivos e deliciosos.
Não há nada de errado em criar um negócio a partir de modelos já existentes, desde que sua criação não infrinja as marcas registradas, patentes ou a propriedade intelectual de outra pessoa. As franquias são boas opções para quem pretende replicar um modelo de negócios de sucesso.
Um terço do que as famílias compram acaba tendo o lixo como destino, afirma o Instituto Akatu, organização não-governamental que trabalha há 15 anos pelo consumo consciente. Conhecer os hábitos de consumo do lar ajuda a evitar o desperdício. De nada adianta comprar a embalagem mais econômica de pão de sanduíche se as fatias extras vão fora porque mofam antes que você dê conta de consumi-las.
Quando o preço for por quilo, fica mais fácil calibrar seu senso de quanto cada vegetal costuma render na sua cozinha.
É quase senso comum, mas o educador financeiro Leandro Rodrigues reforça:
– Vá às compras bem alimentado. Se você for com fome, vai comprar coisas além da lista.
Diante de um produto mais caro do que o usual, procure outros alimentos que podem substituí-lo. No caso dos vegetais, a não ser que sejam indispensáveis, não compre os que estão muito acima do preço.
O economista e consultor financeiro Luis Carlos Ewald lembra que estocar grandes quantidades faz ainda menos sentido em um cenário de inflação sob controle:
– Não tem por que fazer compras mensais, que ocupam espaço e podem passar da validade. Recomendo ir uma vez por semana ou a cada 15 dias ao supermercado para poder aproveitar as ofertas.
– Comprar algo que já tenha em casa e que vá durar meses, como produtos de limpeza, não é financeiramente interessante. Às vezes se gasta R$ 30 que poderiam ser economizados e até mesmo investidos – pondera Leandro Rodrigues.
Conhecer a arquitetura dos supermercados pode prevenir armadilhas. Os produtos mais procurados tendem a estar no fundo da loja, obrigando você a passar por prateleiras e gôndolas cheias de tentações.
Há situações em que ir ao mercado diariamente vale a pena: o pão francês pode ser mais barato do que na padaria, por exemplo. Nesse caso, a orientação do consultor financeiro Luís Carlos Ewald é que você entre focado, compre o pão e vá embora.
Outra dica vale para quem busca os itens com os melhores preços: olhe para os locais menos visíveis.
– Os produtos mais baratos estão nas prateleiras de baixo. Consulte sempre o andar inferior – aconselha Ewald.
Fazer uma lista organizada por seções poupa tempo e evita compras por impulso.
– Abra a despensa, verifique as validades, veja como está o consumo de cada item e saia com uma lista de prioridades – recomenda o educador financeiro Leandro Rodrigues.
No mercado, o olho atento à data de validade também pode oportunizar economia.
– Ter intimidade com os preços é fundamental para tomar decisões, saber o que está barato, o que está fora de época – orienta o consultor financeiro Luís Carlos Ewald.
Mais do que isso: realizar um bom planejamento financeiro permite que o consumidor conheça o seu índice de inflação, pois cada pessoa tem hábitos de consumo diferentes.
Informado sobre os produtos cuja inflação tem mais impacto no próprio orçamento, o consumidor pode adequar as compras, substituindo itens e equilibrando os gastos com as receitas.
Estar atento aos preços e à sua relação com a quantidade de produto é importante para não fazer maus negócios. O educador financeiro Leandro Rodrigues recomenda que o consumidor vá ao mercado munido de calculadora e chegue ao caixa sabendo quanto será o valor total da compra, evitando pagar a mais por produtos que estavam anunciados de forma equivocada.
É preciso formar
profissionais dotados de
uma visão mais global de
suas ações, que assumam
papéis de protagonistas e
responsáveis pela transformação
que o mundo tanto precisa
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