THOMÁS SANTOS, MOWA PRESS , DIVULGAÇÃO, BD – 10/11/2016

O que era um grande desafio se transformou em mais uma comprovação de capacidade. Apresentado oficialmente em 20 de junho como novo técnico da Seleção Brasileira de futebol, o caxiense Adenor Leonardo Bachi, o Tite, precisava recuperar a identidade de um grupo que vinha atordoado após os 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa de 2014 e o pífio desempenho de Dunga, que havia sido o escolhido para comandar o período de transição.

Após duas eliminações vexatórias nas edições da Copa América e Copa América Centenário, e a campanha abaixo da crítica nas Eliminatórias, com o Brasil na sexta colocação, fora da zona de classificação, a pressão era muito grande e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mesmo que tardiamente, chamou Tite, como fosse um salvador da pátria.

Em seis meses, tudo mudou. Logo de cara, eram dois desafios pesados. Contra o Equador, fora de casa, vitória por 3 a 0. Diante da Colômbia, na Arena da Amazônia, triunfo por 2 a 1. E o melhor, não era sorte de principiante.

Tite recuperou nomes como o lateral-esquerdo Marcelo e o volante Paulinho, jogador de sua confiança. Apostou em Gabriel Jesus como seu camisa 9 e deu moral para Philippe Coutinho. Neymar continuou como referência, mas a equipe nacional deixou de ter a dependência dele como em outros tempos.

Os resultados na sequência confirmaram o novo momento: 5 a 0 sobre a Bolívia e 2 a 0 contra a Venezuela. Se ainda faltava o grande teste, o Brasil atropelou a Argentina por 3 a 0 no Mineirão. Para fechar o ano, bateu o Peru por 2 a 0, em Lima. Em seis jogos, sofreu apenas um gol, teve 100% de aproveitamento, chegou à liderança e praticamente confirmou a vaga na Copa da Rússia de 2018. Nas contas da comissão técnica, falta apenas um ponto nos seis jogos de 2017.

– Não esperava tudo isso e tenho que agradecer a Deus. Não sei se mereço isso, mas estou muito feliz – resumiu Tite após a sexta vitória.

Apenas o Brasil de 1969 havia conseguido tal sequência em uma mesma edição das Eliminatórias, quando venceu seis jogos e depois ganhou a Copa de 1970. Agora, Tite pode fazer história.

As feras de Adenor

Em três convocações, Tite chamou 31 jogadores para seis jogos da Seleção Brasileira nas Eliminatórias Sul-Americanas. Confira todos os selecionáveis:

Goleiros – Alisson (Roma), Marcelo Grohe (Grêmio), Alex Muralha (Flamengo) e Weverton (Atlético-PR).

Laterais – Daniel Alves (Juventus), Fagner (Corinthians), Filipe Luís (Atlético de Madrid), Marcelo (Real Madrid) e Wendel (Bayer Leverkusen).

Zagueiros – Gil (Shandong), Marquinhos e Thiago Silva (PSG), Miranda (Inter de Milão), Geromel (Grêmio) e Rodrigo Caio (São Paulo).

Volantes – Casemiro (Real Madrid), Renato Augusto (Beijing), Paulinho (Guangzhou), Fernandinho (Manchester City) e Rafael Carioca (Atlético-MG).

Meias – Philippe Coutinho (Liverpool), Lucas Lima (Santos), Willian (Chelsea), Giuliano (Zenit) e Oscar (Chelsea/Shanghai).

Atacantes – Neymar (Barcelona), Gabriel Jesus (Palmeiras/Manchester City), Douglas Costa (Bayern), Taison (Shakhtar), Firmino (Liverpool) e Gabigol (Santos/Inter de Milão).

Links

Escolha os assuntos